quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Não sei poetar


Não sei poetar.

O que sei é despir-me dos meus medos.

Sei chorar.

Sei traduzir em sorrisos minhas dores

e em doces versos, meus amores

(repetindo, como tantos antes de mim,

e outros tantos que virão depois,

a mesma rima antiga: amor/dor).

Não sei poetar.

O que sei é lançar mão de uma palavra

desfiá-la, novelo de lã, e deixá-la livre

sobre a folha branca.

Não sei poetar.

Sei cumprir o papel sempre novo

de costurar frases, umas às outras,

e distribuí-las em versos.

Verbos cortados na diagonal

vírgulas nos inícios das linhas:

sem pontos, sem pontas, sem ponteiros

indicando a hora exata do corte final.

Não sei poetar.

O que sei é expôr corpo e alma

verso e reverso do que há em mim

nas linhas tortas

do que os outros

chamam de poesia.

Sei pintar de carmesim meus dias,

e a letra que escrevo agora.

Sei rir alto e balbuciar bobagens,

apreciar a natureza

e sentir o belo e o frágil.

Mas

não sou poeta.

Não sei.

Não sou.



Poetar?
Eu?


09.01.2007 - 21h03min

Reflexões


É-me aprazível estar contigo porque endossas o que eu digo ou porque me fazes/obrigas a crescer?

Talvez os opostos não se distraiam (apenas e tão-somente), mas também provoquem reflexões que antes um e outro não tinham.

E se os dispostos se atraem, não será apenas por pensarem da mesma forma, mas porque se dispõem a ouvir, a considerar o que o outro tem a dizer.

As diferenças, então, bem-vindas!

Que tudo sirva, sempre e sempre, para fazer do SER mais HUMANO.Não será isso, afinal, o que falta no mundo, pra que TODOS NÓS, finalmente, vivamos em PAZ?



09.01.2008 - 13h20min

Responda, se puder...

Razão e loucura. Barulho e silêncio absoluto. Movimento e inércia. Esses extremos serão extremos mesmo ou apenas outra faceta de uma mesma coisa? 08.01.2008 - 02h12min