A força da letra arrisca os centavos
e as dignidades
na esquina da multidão
sedenta da prata da casa.
A força da letra
enterra tesouros
descasca andorinhas
traduz pormenores
em linhas exaustas
pontilhadas de alfinetes
e regalias furtadas
de algemas antigas.
A força da letra
atravessa ponteiros
escala travesseiros
pinta fantasmas de preto
sacos de lençóis de ilusão.
A força da letra
mora nas minhas entranhas
estranha meus medos
muda minhas palavras
mais tacanhas
em tamanhos desastres aéreos.
Inesperada morte.
A força da letra
condena meus atos
aponta o dedo
regula, reclama, rechaça.
Sentencia.
Nos pregos, uma cruz.
ANKH!
21.10.10 - 04h44min
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Mea culpa
Escasseiam os argumentos
quando só o que se tem
é um frasco de amargo ciúme.
Pesos e medidas diferentes
dependentes da condição crida.
Na extremidade da não-virtude
o precipício guarda a lágrima.
Algumas verdades são proibidas
sob pena de macular a esperança.
Direitos são descartadas reivindicações
quando ovos cobrem um chão de espinhos.
Situação de vidro, castigada com a morte.
E morte de cruz.
Mea culpa.
Mea máxima culpa.
21.10.2010 - 03h29min
Infringir regras é dispor-se a pagar o preço. Alto. Deveras alto.
quando só o que se tem
é um frasco de amargo ciúme.
Pesos e medidas diferentes
dependentes da condição crida.
Na extremidade da não-virtude
o precipício guarda a lágrima.
Algumas verdades são proibidas
sob pena de macular a esperança.
Direitos são descartadas reivindicações
quando ovos cobrem um chão de espinhos.
Situação de vidro, castigada com a morte.
E morte de cruz.
Mea culpa.
Mea máxima culpa.
21.10.2010 - 03h29min
Infringir regras é dispor-se a pagar o preço. Alto. Deveras alto.
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