sábado, 31 de maio de 2008

Leitura

Leio meus poetas preferidos. Leio os poetas, não as letras. As letras são vias veias por onde o sangue queima. Leio o tesouro brilhante plantado na página vertiginosamente pranteada. O movimento azul o sonho descrito colho na saliva da noite. Banho as vírgulas na raiz da mente. Meu alimento é o poeta. A letra é apenas detalhe. Entalhe na tinta fria. Deslizo entre devaneios provocados pelas viagens do poeta que leio. A incompletude é um fato - a minha, principalmente -. Cada vez maior, cada vez mais evidente enquanto leio os poetas enquanto me faço mais gente. 31.05.2008 - 18h