Sonolenta, esvazio sinistros assovios
no palco lento
do lerdo cruzamento
de esfumaçados padrões.
À beira das decisões
encosto fraturas
aos versos expostos
as espelhos d'água vistos
aos recortados portões.
Grito.
De rouquidão vidente
avaliso a longevidade do lábio
que brilha.
Razão de sobra
degrau sem lenço
corrimão sem linho.
Acuada, risco a sombra
como quem padece
nas entrelinhas da testa
e descobre os segredos
os santos
os atalhos.
As dimensões flutuam.
Os vultos são só detalhes.
Confesso.
Confirmo o já sabido:
gente não sou
sou verso desnudo
cuspido por deus errante
sem rosto
língua
ou resto.
Sonolenta
poetiso...
terça-feira, 24 de abril de 2012
Reflexo
Espanto os pontos abertos
dilacero quadriláteros
enferrujo algodões etéreos
a eternidade é grão d'areia
no deserto d'outras almas.
Erro a mira.
No mirante não vislumbro
a via estreita
o lume
o raio.
Exagero a ponta do lápis
na grosseria da escalada
interno assombro do recomeço.
Veredas são feridas
histórias de hiatos perdidos
futuros vindouros
vinhas
ouros
áureos dias.
Outras paragens....
dilacero quadriláteros
enferrujo algodões etéreos
a eternidade é grão d'areia
no deserto d'outras almas.
Erro a mira.
No mirante não vislumbro
a via estreita
o lume
o raio.
Exagero a ponta do lápis
na grosseria da escalada
interno assombro do recomeço.
Veredas são feridas
histórias de hiatos perdidos
futuros vindouros
vinhas
ouros
áureos dias.
Outras paragens....
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