quarta-feira, 5 de março de 2008

Condicionantes?

Sem chuva, que graça teria o sol? Sem sol, qual o desejo de chuva? Se não fosse a esperança, o que seria dos homens que andam desgarrados, à procura de abrigo não para o corpo, que este qualquer marquise oferece, mas para a alma, para o peito coberto de feridas, nenhuma cicatrizada, todas doloridas? Se não fosse um sorriso, que cor teria o dia? Se não fosse um abraço, qual a força da dor? Se não fôssemos todos o que seria da vida? Se não fosse a vida, o que seria do amor? No primeiro milésimo de segundo do dia 06.03.2008 ou no último milésimo de segundo do dia 05.03.2008

A ORIGEM DA MORTE



Mitos sobre a origem da morte envolvem com freqüência uma discussão entre dois seres, como no seguinte relato do povo shoshoni das planícies ocidentais.
No tempo antigo, as duas figuras mais importantes eram o Lobo e o Coiote; este sempre tentava contrariar os desejos do Lobo. O Lobo disse que quando uma pessoa morria poderia ser trazida de volta à vida atirando-se uma flecha na terra abaixo dela. Mas o Coiote disse que era uma má idéia trazer pessoas de volta à vida, porque haveria gente demais. O Lobo concordou, mas decidiu em segredo que o filho do Coiote seria o primeiro a morrer, e só com esse pensamento provocou a morte do menino. Logo o triste Coiote contou ao Lobo que seu filho havia morrido. Ele lembrou as palavras do Lobo: que as pessoas poderiam reviver se uma flecha fosse atirada embaixo delas. Mas o Lobo alegou o que o próprio Coiote havia dito: os homens deviam morrer. E desde então foi assim.












In:MITOLOGIAS - Deuses, heróis e xamãs nas tradições e lendas de todo o mundo - Organizador: Roy Willis (Publifolha)










05.03.2008 - 23h28min

*"Mundo, mundo, vasto mundo..."


Há mundos e fundos
e fuscas velhos
abandonados em terrenos baldios.
Há mundos e mundos
abandonados em bairros baldios.
Há mundos e mundos
nos mundos dos fundos dos poços
em que abastados moços
riem alto e reclamam da boa sorte tida.
Há mundos e fundos
mergulhados na imundície humana
na lamentável falta de assistência
em todos os sentidos.
Há fundos mundos à parte
vivendo malditos e esquecidos.
E há medos nos mundos...
Em todos os mundos há medos fundos
de que outros mundos tomem
os mundos que pertencem a estes,
àqueles, ou a terceiros.
E há mundos perdidos dentro dos quartos,
entre as quatro paredes dos barracos
de uma única peça que não se sustenta há anos
mas que sobrevive...

Os mundos convivem à força, e, no fundo,
forçam as entradas das entranhas das gentes.

Sim.

Os mundos são feitos de gentes....



Os mundos são feitos do fundo de nós...





05.03.2008 - 21h01min
*Esse título é um verso do Poema de sete faces,
do eterno Carlos Drummond de Andrade
**Imagem colhida esta tarde, enquanto esperava o ônibus
que me levaria ao meu destino...