Solto frases ao vento
escondo meus sentimentos
invento uma outra canção.
Ateio o fogo das horas
jogo fora minhas limitações
acendo as velas dos santos
assumo minhas condições.
Não vesti a fantasia
nem pesei a contradição.
Ouvi as crendices
contrapus as luminárias
e as chances várias
que talvez eu tenha tido
mas que não vivi.
Meu tempo é manco
meu tampo é surdo
meu mundo é gago
meu sal é lodo
meu rudimento é a aversão...
22.12.09 - 22h13min
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Conotação
No conta-gotas
palavras medidas
desmerecida espera
desmentida opção.
São favas contadas
a estranheza tida
a contagem regressiva
a livre escolha da razão.
22.12.09 - 21h32min
palavras medidas
desmerecida espera
desmentida opção.
São favas contadas
a estranheza tida
a contagem regressiva
a livre escolha da razão.
22.12.09 - 21h32min
Brunete
Até onde a liberdade?
Se me atrelo a um trabalho
sou escrava ou sobrevivo?
Se sou escrava e me rebelo
quem garantirá meu pão
(e os PCs, e os CDs e os DVDs
e os vestidos, as sandálias, a TV)?
Se sobrevivo e me rebelo
quem garantirá o prazer das férias
os fins de semana, o merecido descanso?
Nem um
nem outro
talvez os dois
talvez nem tanto.
Até onde a licença?
22.12.09 - 18h55min
Se me atrelo a um trabalho
sou escrava ou sobrevivo?
Se sou escrava e me rebelo
quem garantirá meu pão
(e os PCs, e os CDs e os DVDs
e os vestidos, as sandálias, a TV)?
Se sobrevivo e me rebelo
quem garantirá o prazer das férias
os fins de semana, o merecido descanso?
Nem um
nem outro
talvez os dois
talvez nem tanto.
Até onde a licença?
22.12.09 - 18h55min
Surpresa!
E eu
que tanto prezo a mudança
considero mais que deliciosa
a descoberta fantástica da segurança.
22.12.09 - 18h
que tanto prezo a mudança
considero mais que deliciosa
a descoberta fantástica da segurança.
22.12.09 - 18h
Envelhecer
O tempo é amigo das linhas de trem
que cortam os cantos dos olhos
o espaço entre as sobrancelhas
e os cantos da boca.
Só não cortam as línguas de trapo
que insistem em dizer que
depois de passado um tempo
não se pode mais fugir.
Quase sempre é possível evitar
quase sempre é possível impedir
quase sempre é possível poupar-se.
Resta saber
é isso que se quer
ou é isso que é mais fácil cumprir?
Prefiro encarar.
Espinha ereta
força no olhar.
Que as linhas de trem me perspassem
que atravessem minha tez
que contem nos riscos minhas luas todas
e todas as minhas primaveras.
Quem sabe, lá adiante, elas se cruzem
e formem, no derradeiro dia,
o molde perfeito de uma pálida margarida.
22.12.09 - 01h47min
que cortam os cantos dos olhos
o espaço entre as sobrancelhas
e os cantos da boca.
Só não cortam as línguas de trapo
que insistem em dizer que
depois de passado um tempo
não se pode mais fugir.
Quase sempre é possível evitar
quase sempre é possível impedir
quase sempre é possível poupar-se.
Resta saber
é isso que se quer
ou é isso que é mais fácil cumprir?
Prefiro encarar.
Espinha ereta
força no olhar.
Que as linhas de trem me perspassem
que atravessem minha tez
que contem nos riscos minhas luas todas
e todas as minhas primaveras.
Quem sabe, lá adiante, elas se cruzem
e formem, no derradeiro dia,
o molde perfeito de uma pálida margarida.
22.12.09 - 01h47min
Nuvem
Perguntas são respostas
ou provocações
são nós nas telhas de mim
ou o caos total
instalado nas minhas lenhas.
Luz
na escuridão da tarde
nos limites da lucidez
nas imperfeições do sal
sobre a alma nua.
Na primeira meia hora do dia 22.12.09
*Obrigada, Adrebal...rs
ou provocações
são nós nas telhas de mim
ou o caos total
instalado nas minhas lenhas.
Luz
na escuridão da tarde
nos limites da lucidez
nas imperfeições do sal
sobre a alma nua.
Na primeira meia hora do dia 22.12.09
*Obrigada, Adrebal...rs
Assinar:
Postagens (Atom)