sexta-feira, 2 de abril de 2010

História

Ando cega
a tatear teus poderes
de tamanha entrega.
Tu, tuas faces todas,
tuas diferentes artes,
tuas dores e teus limites.
Silencioso guerreiro de lutas internas.
Valoroso príncipe meu.

Os caminhos, as histórias,
as geografias e as matemáticas
incapazes de nos separar
ou de impedir o 'impriting'.

Ando cega
a entregar-me inteira
despida das vestimentas costumeiras.
Sem pressa
sem lei
sem decência.
Eu, meus lados todos,
minhas diversas partes,
minhas flores, meus rompimentos.
Silenciosa dama de lutas intensas.
Tua mulher.



02.04.2010 - 15h19min






Encaixe perfeito

Não importa sobre o que eu escreva
não importa quantos verbos eu use
nem quantas vírgulas me bastem.
Não importa a quantidade de versos
ou as rimas
ou a inexistência delas.
Não importa o ritmo, a forma, nem sequer o tema.
Não importam as paradas
as linhas em branco
a cor da tinta usada.
Independente da arte
teus olhos castanhos brilham em mim
é teu fôlego que sorvo
são tuas entranhas nas entrelinhas
nos finos fios de sangue
escorrendo entre uma e outra estrofe.
Tua vida
tuas palavras
eu, tua,
no encaixe de estrelas,
de camisetas com dizeres manuscritos,
de acordes, de acordos, de juras e deleites.






02.04.2010 - 14h49min
Tu, meu príncipe guerreiro