quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Canção para TI

Canto o sol no horizonte
que se avermelha ao seu pôr.
Canto a lua condizente
os poréns
os retrôs.
Canto o que passou
o que ficou
o que está por vir.
Canto o que voou
e o que haverá de ser.
Canto o começo
e a continuidade;
que o fim não há,
o fim é só um ponto
na vista embaçada
de quem já não quer abraçar.
Canto o que sou
o que soou
o que encontrei
e o que marcou.
Canto o cântico primário
das ninfas e dos absurdos
dos sábios e dos aleijados
das proezas e dos abusos.
Canto o sorriso não dado
e o silêncio não tido.
Canto o que disseste
e o que calaste
na medida exata do teu medo
que eu reconheço
nas tuas continuidades
nas tuas permanências
no teu corte de cabelo sempre igual
(lindo!).
Canto esses teus encantos
e esses tais desalentos;
esses experimentos musicais
nos teus fones inseparáveis;
esses leves conhecimentos
que fui guardando
do tanto que fui tendo
de tudo o que  é em TI...





25.11.09 - 01h07min