quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Reentrâncias

O mesmo assunto
incorre em acerto
recorre ao circunflexo
e inexplicável repositório.
Sem garantias de adiantes
não há direcionamentos
e o relógio em vão
machuca
à deriva de movimentos e
tiquetaqueia anuências.
Um passo em falso
e a farsa rareia
ventos do norte anulam
palavras e crises
cortes necessários e reticências
para as escolhas e mitos
que rodam
e dão lugar
a outras presenças
diárias.


Reminiscência

Do meio da sombra dos laranjais
o príncipe que não ria
cantarola Engenheiros
e distrai o passado
que não há mais.
As cascas extintas
circulam saberes
e os gessos manquejam
doloridos joelhos
vencedores de corridas impossíveis.
O tempo vence três anos
e nem trinta se completam
antes que haja a muda
d'outra tentativa
outrora esvaída
entre os dedos principiantes.
Não há diferença.
Sistema convicto de influência sem perguntas.
O nó na cabeça
o espinho das horas
a estreita certeza
de que a vida não demora.
A gente é que decide demorado.
E se arrepende...