sábado, 2 de julho de 2011

Teoria

Pouco aprendi
do quase nada que me foi buscando
uma ponta aqui
outra ali
extrapolando
limites já gastos
impostos
pela história
que eu vivo aqui.

Os dias que me atravessam a garganta
são cordas do universo paralelo vocal
que me acompanha. Não
sei d'onde vim
mas sei daqui
desse comboio de metáforas diárias
metamorfoseadas em Kafkas, Shoppenhauers e Rilkes
enrolados à tua língua
que maldiz esse meu defeito
de te pendurar uma chave ao pescoço
e ordenar:
liberta o calabouço!




02.07.2011 - 18h

Pingos

Meus "is" perderam os pontos
cardeais
desnorteados
vestiram um gole de horizonte
e se acomodaram
no meio da profecIa.


Foi o fIm.





02.07.2011 - 13h44min

A partir daí

A partir daí
os lisos lenços d'areia
dispersaram o espaço
dispensaram o tempo
toques silenciosos na retina
crendice d'alumínio
fruteira sobre a mesa de mármore cru
frio de morte
a partir daí.

No entorno
as prioridades todas
alinhadas por importância
por mérito alencadas
nem um descarte
nem um deslize
nenhum desligue


a partir daí.






02.07.2011 - 13h10min