quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Minha verdade relativa:

...o coração é um bom lugar pra abrigar a loucura... ...e o que é a liberdade, senão uma outra face da loucura? 24.01.2008 - 22h34min

Visão

Brilho do dia sobre o corpo branco do homem que amo... 24.01.2008 - 18h30min

Estrela

Meu poeta é verso leve de luz intermitente e garantida alegria. Sombrero na sala sombra da árvore do jardim da casa. Hora de semear brisa e colher doces beijos. Meu poeta é luz de estrela... Manhã clara depois da noite fria.... 24.01.2008 - 18h29min (Para Roberto)

Ser

Eu sou uma palavra curta engasgada na garganta do poeta. O verso jamais escrito a língua desconhecida a nunca descoberta tradução perfeita. Eu sou acervo e saudade semelhança e rouquidão medo e verdade duvidosa dolorosa ilha cercada de verbos por todos os entes... Meus lados são abraços impacientes são estreitos botões lilases de rosas vermelhas recém-chegadas das profundezas dos claros ocasos. Hoje sou o que não fui antes e o que não serei mais depois. Morro essa noite. Amanheço disposta. Eu sou! 21.01.2008 - 17h13min

Entrelaçar-se

A letra luta na folha vazia. Escorrega entre as linhas, nas entranhas da fala fria. Foge do texto apócrifo, escrito por hipócritas e seus acrósticos rotos de bolhas de orvalho supostamente fresco e emboloradas sombras mortas. Um poema cresce na noite escura enriquece o rito mágico da loucura que não tarda, nem falha: desorienta. Específicas são as esquisitices das horas em que o poeta se vê diante do alpendre e nada mais lhe resta a não ser a letra a mesma letra, paralisada na fala fria, escorregadia, insegura, descoberta... Um poema pula o muro, resgata a alegria no sereno da noite fria. Um poema sem mais nada além do elo que o une à alma deserta do poeta doente... 24.01.2008 - 13h46min