domingo, 6 de julho de 2008
Sodadi
Sodadi é coisa que ardi bem aqui,
Nu meiu du peitiu da genti.
Sodadi é coisa ingrata, qui mautrata,
Qui machuca, qui dexa duenti.
Sodadi dá im quasi todu u mundiu,
Di uma coisa ô di otra,
Di quem viajô, di quem nim tá mais lá.
Dá sodade inté da genti mermo, das veiz im quano!
Mais a sodadi qui quasi mata,
Aquela qui ti finca u coração,
É a sodadi du bem,
A dor da paxão.
Essa, qui ti mata divagarinho,
Qui nem si tu fossi morrenu di fomi,
I nu fim é fomi mermo,
Fomi du
Bem que num tem mais...
Num tem...
06.07.2008 – 02h39min
Do gostar
Eu gosto de cheiro de pão, café e livro novo,
Incenso de canela em casa limpa, queimando;
Nascimento de idéia madura na cabeça.
Eu gosto de ver pensamento brotando,
Tomando corpo, iluminando a rua;
De sentar debaixo de árvore
De passar noites em claro
De comer chocolate em pó, de colher,
E dormir quando o mundo acorda.
Eu gosto de cheiro de chiclet
E de terra e capim molhado;
De abraço demorado,
De conversa bem longa,
De sonho que não termina nunca
De gente que sabe o que quer.
Eu gosto de música suave
E de emoção à flor da pele;
De cabelo curto em homem,
De cor de tinta e poesia fresca
E de agradecer por ser mulher.
05.07.2008 – 01h21min
*Aí, Dani, não te disse que dava poesia?
Rédea - curta?
Não tenho as rédeas da minha vida
Ela é que me guia, pra onde quer me levar.
Ela é quem decide pra onde devo ir
O que escreverei, com quem conversarei,
Que acento terão minhas palavras,
Quais interações me aguardam logo ali.
Não tenho as rédeas
Não sei o que será
Não sei do que se trata
Mas acordo todas as manhãs
Sabendo que andarei pr’algum lugar,
Darei boas risadas e serei esperada
Por alguém em algum outro lugar.
Não tenho as rédeas da minha vida
Nem preciso ter, pra poetar...
05.07.2008 – 01h
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