terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Fronteira

"Deixo o cavalo livre correr fogoso.
Eu, que troto nervosa e só a realidade me delimita."
(Clarice Lispector)
Não há cercas que prendam o amor
nem distâncias impossíveis de serem vencidas.
Não há nada inalcançável
quando se deseja ardentemente...
As fronteiras estão, todas, abertas.
No passaporte, o carimbo inusitado:
A L E G R I A!
05.02.2008 - 17h13min

Para ler e pensar:

"Quando vieres a me ler perguntarás por que não me restrinjo à pintura e às minhas exposições, já que escrevo tosco e sem ordem. É que agora sinto necessidade de palavras - e é novo para mim o que escrevo porque minha verdadeira palavra foi até agora intocada. A palavra é a minha quarta dimensão."
(Água Viva, de Clarice Lispector) 05.02.2008 - 17h

Distância relativa?




Enquanto o dia nasce aqui

a madrugada inda embala teu sono.

Enquanto a vida vai pela metade

nessa minha parte do mundo,

a tua se espreguiça e reclama

a partida do descanso breve.

Enquanto a tarde morre no horizonte

e eu giro, vendo o sol, aos poucos,

adormecer; esse mesmo sol te banha,

início de tarde, hora de ter o que fazer.

Minha noite é teu fim de tarde.

Hora de janta e algazarra pra ti.

Hora de silêncio e descanso pra mim.




Um mundo pequeno que permite que te alcance

embora impeça nossos abraços.

Um mundo pequeno: madrecita, padre, hermanos

os meus, os teus, as nossas famílias juntas

embora impedidas do brinde...



Ainda assim, é teu nome que preenche meus espaços.





05.02.2008 - 16h28min

Yo también espero...

Acá desde la ínfima muestra de mis vertebras desde el resquicio verde de mis ansias en cuanto toco la faz de tu cara con la mano izquierda u abro un camino entre tus labios acá te espero dentro tuyo y tú sin saberlo sin sospecharme siquiera y yo asomado en tus entrañas y yo pescando en tu sangre desde este rincón nuestro de infinito yo también te espero como nunca como a nadie debajo de la innombrable distancia mientras tanto te amo... 02.02.2008 - 03h14min (Roberto Amezquita)