quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Trabalho de parto
No ventre da vida, o verso.
Ando parindo versos
dos quais estava grávida
há meses...
Ando parindo palavras,
sinais gráficos de sentires,
sentimentos gráficos de sinais,
sortilégios, sinalizando sentires.
Ando em trabalho de parto
dos prazeres que me tomam
quando no verbo me liberto.
Não sei ficar quieta num canto
sem dizer palavras sortidas
como num pacote de biscoitos
comprados no boteco da esquina.
Não sei não dizer minhas ânsias
meu desejo de estar entre teus braços
minha saudade, meu desabafo,
meus sonhos todos contidos.
Ando em trabalho de parto
do poema que costurei no teu sorriso
da bendita parceria contigo
da expectativa do abril-ensolarado.
Ando descalça pelas ruas da vida
pra sentir a pedra fria
pra saber que estou viva
esperando o filho teu
grávida do poema escrito contigo.
No ventre da vida, o verso.
O nosso verso...
Escrito.
06.02.2008 - 23h58min
DES-Equilíbrio
As palavras precisam de equilíbrio?
Alcança-se o equilíbrio em pleno estado de paixão?
Un hermoso des-equilibrio.
A loucura equilibra-se num pé só ou numa só palavra?
E que palavra seria essa?
Perigo?
Descubrir a tal grado la interioridad de otro
y amar tan profundamente y tan lejos...
Me encanta el peligro de tus manos.
Tu eres yo.
Mas que dulce.
Luz.
05.02.2008 - 23h56min
(Simone Aver e Roberto Amezquita)
Imagem
Suspiro d'algum deus-poeta
que resolveu escrever versos
em dia de copiosa chuva.
Deu no que deu: uma louca,
apaixonada pela lua...
06.02.2008 - 01h19min
Entrega
Eu, totalmente nas tuas mãos, segura.
Yo en tus alas entregado.
Yo Eu te amo infinitamente...
Aos 18 minutos do dia 06 de fevereiro de 2008.
(Simone Aver e Roberto Amezquita)
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