domingo, 29 de junho de 2008
Fechado!
Meu peito está fechado
a chave não existe
não há como entrar
não fique triste...
29.06.2008 - 14h35min
O que dizem por aí
Dizem que quando o sol se fecha
a noite vira solidão.
Dizem que a lua é mãe da paixão,
que o bonito M
aqui gravado na palma
significa MORTE
que me leva pela mão.
Dizem que sonhar é inútil,
que poetar é fútil,
que ganhar dinheiro é que é o Ó!
Dizem que as lembranças são caras,
que algumas pessoas são raras
e que o espelho é o culpado
pela crise.
Dizem que é melhor atacar,
que temer;
e tremer, que surtar.
Dizem que a forma da vida
é disforme
e que a informação é corrente.
Dizem que tudo tem um jeito,
que o que não mata, engorda,
que o que não entorta, endireita.
Dizem que Inês é morta,
mas o cadáver eu não vi!
"Dizem que sou louca"
e que pareço a Rita Lee.
O que mais dizem por aí?
29.06.2008 - 13h10min
O rosto
Não era o rosto de um morto;
recuso-me a acreditar que seria.
Era apenas e tão-somente um outro
que através de mim,
me via...
29.06.2008 - 12h40min
São? Não!
Não são feras
não são monstros
não são contratos de locação.
Não são suspenses
não são pertences
não são...
Não vão à forra
não se vestem de
falsas modéstias
não cantam vitória
não pirateiam amores
não reclamam
não são.
Não aparecem de repente
não partem num repente
não repetem a aflição
não são.
Não emprestam o rosto
não recitam oração
não são outonos
não são diários
não são os donos
das falácias, dos horários.
Não são limites
nem atribuições.
Não são encantos
devaneios
ou ocultas religiões.
Não são alianças
nem trancas
muito menos satisfações.
Não são providência
semelhança ou
alucinação.
Não são palha, nem espinho.
Não são pedra, nem caminho.
Não são...
Não são segurança,
estilhaço ou abandono.
Não são circuncisão.
São invejas
são duetos
são versos decassílabos
são invenção.
Criações estapafúrdias.
São idas e vindas
são espadas e cruzes
e tonéis de tinta.
São luzes?
Não são...
29.06.2008 - 11h45min
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