quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Ah... Quintana.....

Sim.

Meus versos nascem de mim
marcados
têm dia e hora exatos
pra gravar a folha
inda que a eles eu possa voltar eternamente
e em todas as vezes
eles sejam pretéritos novos
enérgicos preâmbulos
do que haverei de ser.


Às 11h09min do dia 20.10.2014

Horário de verão

Adianto os ponteiros do dia.

A vida amanhece lenta.

Sons anteriores à luz
nublam o silêncio.

A dor é quente
o amor ardente
a saga assente de termos
que expliquem a rima óbvia e
a cor azul.

Presa à bainha das horas
a língua atrai formas
que distraem horizontes e soluções.

Os comparativos não cabem no exíguo espaço
que define o
quase nada.

Tudo é inexato na tela branca
que descortina energias outras
e arreganha os dentes do amanhã.

Não sei se passo ou
invento pedaços de sonhos
nas pontas do sono:

estopim de verão.




Às 11h30min do dia 20.10.2014