sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Omertà

Shhhhhhhhhhhhhhhh 25.09.09-22h58min

Na cara

Vergonha na cara é coisa que não tenho. Na cara tenho uma pinta uma dúzia de rugas e um brilho oscilante que se acende quando TI vê... Vergonha não sei onde foi nem sei se sequer existiu. Na cara tenho uma pinta onde planto uma dúzia de estrelas e oscilantes rugas acesas. Anis. Quando TI vejo ou TI sonho ou TI adivinho. Ou... (Tá na cara, tchê...) 25.09.09 - 22h26min

Cicatriz

Carga de telhas quebradas nas calhas enluaradas de jóias castigos de pontas de vidros em vôos de asas sem anjos quadrantes de brotos de vagens sem caldos doces ou caveiras dispostas em círculos ou raios de sol. Amanhece num rasgo o experimentado futuro inspirador... 25.09.09 - 22h10min

Reivindico o vento....

Reivindico o direito de ficar muda de não ver nascer a inspiração de sobreviver ereta e tranquila sem sobressaltos ou ilusões. Reivindico um quarto de lua e uma dose de coragem na veia de rum pra nunca mais sacrificar o espelho na imagem que não vi se formar. Reivindico a vontade de sol e calor a moldura do dia e o brilho da madrugada a canção sofrida e a voz do fantasma desnudo. Reivindico a claridade a clareza a clarividência a verve a virtude o vento o vento... 25.09.09 - 22h

Sei não...

Houve um tempo em que minha poesia foi um suspiro de dor de alívio de tensão... sei não... Sei não onde foi parar o verso que não escrevi a rima que ficou no ar o riso que não explodi o suspiro... sei não... A caneta não arrisca o verbo nem o antes nem o depois do que já não espero... sei não... Sequei... Sequei? Sei não não sei... 25.09.09 - 21h