quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Notas

Calculei as horas incertas na certeza que não tive nem nunca desejei ter. Busquei a surpresa no detalhe que mora amanhã no que será hoje. Vim a ser infame quis teu couro instrumento de percussão e saber do balanço que me dança no peito, desde o dia ou a noite ou o instante primeiro gravado no infinito -não importa quando- em que chegaste à porta da minha vida que esperava por ti. Data sagrada bendita linguagem interesse que grita entre as distâncias e os desassossegos todos... Muitas horas brancas imagens jamais repetidas esforços recompensados arrepio na espinha. Mais que isso... Transcendente sensação de infinito... 27.02.2008 - 23h35min

Sonâmbulo

O sono chega na carona do sonho desce na fala atrapalhada conta de duendes e fadas estica a coberta da noite sobre a bandeira exausta. O sono anda pelo quarto e fala co'as paredes conta causos e ri, sonora melodia noturna. Enverga a madeira escura que a lua lixou com capricho alhos e bugalhos são espelhos da insônia rendida nos braços do agitado dia. Os passos dóem nas pernas os compromissos acumulham cansaços e os pesos se prendem aos ombros a cama é sereia cantante embriagante descanso que chama: Vem... 24.02.208 - 23h17min