Matei uma barata.
Lembrei de Kafka
e de Clarice.
E matei a barata,
mesmo assim.
Homenagem às histórias bem escritas,
às baratas fictícias,
aos dramas e às ilusões.
O bicho verdadeiro é nojento e
nem um pouco interessante,
ao menos pra mim,
que nada entendo de entomologia.
Cá entre nós,
as tranças que ligam
livro e vida são
pura poesia.
Toda a poesia desse coitado cotidiano custoso da gente...
25.02.2010 - 22h55min