terça-feira, 23 de março de 2010

Catarse





Observo o dançar dos fatos
flutuo nas considerações exaustas
de pontos de luz e de intermitentes faróis.
Morro todo dia na tua pele branca.
Escorro entre mandalas coloridas.
Um sinal dos ventos desperta os fantasmas.
Obtenho outras confissões
nesse meu mundo particular.
Estás em mim feito mágica
na ponta dessa minha língua ferina
que insiste em impor teu nome
no único momento em que ele não deveria estar.

Teu nome.
Morto todo dia na minha pele branca.
Nos pontos finais das minhas semanas
nos sinais dos fantasmas que me cercam.
Abstenho-me d'outras confusões
nesse meu mundo impreciso.
Ser em Ti. 
Fundo mágico na tua língua muda
que insiste em esconder meu nome
do teu próprio saber. 








23.03.2010 - 1h11min