quarta-feira, 14 de maio de 2008

Um minuto de silêncio

Pelos 15mil mortos em terremoto, na China
A terra tremeu lá devorou corpos almas recém paridas almas dormidas deixou almas doídas. A terra tremeu lá sacudiu pilares e derrubou uniões. A terra tremeu lá... fez ocre meu paladar aqui... 14.05.2008 - 23h50min

Dúvida

A beleza, a leveza, a alegria
anestesiam?
14.05.2008 - 0h15min

Areia

No primeiro segundo do dia o primeiro verso brota. No segundo segundo do dia não há mais versos não há mais sobras não há mais nada porque os segundos escorrem entre os ponteiros da vida e entregam os pontos. Sem retoque os próximos versos esperam ser vividos. No terceiro segundo do dia já é amanhã, e o rabo do ontem ficou preso entre as vírgulas que indefinem a frase de abertura a ser pronunciada pela nova criatura caricaturizada pelo tique-taquear dos hiatos, das ausências, das insistentes aberturas entre um e outro segundo. O próximo, muito distante do anterior. O anterior, já a virar a esquina de outrora, virado em letra e forma, guardado entre as páginas amareladas de um livro esquecido na estante ou na memória muda. Instantes... Aos 46 minutos do dia 14.05.2008

EU


Bruma densa,

dissipada ao amanhecer....













No primeiro segundo do dia 14.05.2008