segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Concerto
Há que se reger a vida,
orquestra organizada
para concertos perfeitos.
Prepara a batuta
escolhe os melhores músicos
estuda as partituras e...
dança!
Dança suave
entre os instrumentos
e seus poderes.
Dança contente
que a vida da gente
dispensa a palavra impertinente.
Num lapso da decência,
escorrega no desejo
de seres tu mesmo
sem máscara,
disfarce ou pudor.
Tu mesmo, conciso num dó.
Descomunal harmonia.
17.12.2007 - 19h23min
Apologético
Entre estrofes,
clarins, oboés, pífaros,
centelhas de bons presságios,
distância de clichês
baratos, batidos, cansados,
verbos bastardos provocam motins
nas costumeiras rimas,
propõem vocábulos nefelíbatos
e espalham perfume de sândalo
nas linhas, nas curvas, nos pingos dos is.
No meio do laranjal,
um pequeno príncipe passeia
a colher o fruto ilibado,
intento de apego e calor.
Sápido poema lido
no vigor da juventude morena,
do afeto bem-vindo e raro
de um raro sabor.
São sonhos
são sons
são dias claros
a nos cobrir.
Canção de chegada.
Desejo de parir.
17.12.2007 - 16h04min
(Ao pequeno príncipe, jovem poeta moreno,
meu bocado de poesia...)
Onde...
E agora essa inquietude n'alma
esse ritmo descompassado no peito
de uma saudade que não quis
que não ouvi, sequer previ,
e não pude, então, me prevenir.
E agora esse tal desassossego
embutido no abraço
de mais de três minutos
em que espelho e reflexo
se fundem num só calor
nos pensamentos de depois
no jogo de esconder do sentimento
que não intimida, mas mete medo.
Ele quer saber
quanto vale a vida sem o reflexo.
Eu quero perguntar
quanto vale o reflexo sem a vida.
Onde a resposta?
No íntimo de nós?
Dos nós separados
ou dos sós amarrados
que nos fizeram nós?
Onde a resposta?
Entre as linhas do poema?
Qual deles?
O que escreveste pra mim?
Os que escrevo pra ti?
Em que verso abençoado
a pergunta da resposta formulada?
Em que vírgula a pergunta?
Em que forma,
em que rima,
em que estrofe,
a risada esperada?
Onde a resposta?
17.12.2007 - 03h32min
(Não sossego enquanto não encontrar A resposta...)
Estrela, na madrugada escura
No breu da noite, uma Luzinha risonha.
17.12.2007 - 03h13min
(Para Luana Scomparim, amiga querida, filha mais velha,
Luzinha que brilhou de risadas a madrugada de hoje. Eu te amo, amiga.)
É imperativo que...
Sejas feliz.
Alegria não enlouquece.
Ames.
Amor não faz mal.
Rias.
Gargalhadas fazem cócegas nas dores.
Faças amigos.
A evolução só se dá com a troca de idéias.
Persistas.
Desistir não te leva pra lugar algum.
E nunca, jamais, em tempo algum,
deixes de saber que há alguém,
em algum lugar,
olhando por ti.
17.12.2007 - 02h48min
(Para minha amiga Deliane, que me abençoou de risadas, esta madrugada. Obrigada, amiga. Eu te amo.)
Tempo...
Tempo vem, tempo vai,
tempo range os dentes
não admite nenhum ai.
As rugas mostram as garras
arrastadas pela corrente
do tempo que vem
do tempo que vai...
17.12.2007 - 01h01min
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