quarta-feira, 4 de junho de 2008

Breve,breve....

Comungo com tua saliva no berço preparado para tal melodia de ruídos conhecidos recheados de novidades e afins afunilo o horizonte e estremeço parecem gaivotas esses teus olhos que voam, lânguidos, sobre mim. Aos 38min do dia 04.06.2008

Ciúme pontuado

não tenho ciúme do que não tive do que não chegou a mim do que não tocou minh'alma do que não me confortou do que não me fez sonhar não tenho ciúme do que foi maiúsculo mas não esteve aqui do que foi sensível mas não tocou aqui do que foi verdade mas não se fez real não tenho ciúme do que busquei e não tive, pelas razões que forem do que quis e não alcancei pelas razões que forem do que desejei e não provei pelas razões que forem não tenho ciúme nem do que tive porque, se tive, fui feliz e felicidade não dá tempo pro sofrimento se instalar e fazer morada permanente não tenho ciúme dos meus pontos das minhas vírgulas das minhas reticências invadidas pelo olhar alheio elas estão aqui devoradas ou não apreciadas ou não discutidas ou não ainda estão aqui como esses teus olhos escuros que não desviam dos meus e que não me permitem o ciúme e nunca me dizem adeus Aos 34 minutos do dia 04.06.2008

Brinde

Um sim um brinde uma lágrima no copo de cristal. Escorre solta despede-se o soluço prende voluntariamente... Escoras derretidas soluções imprevistas um vão na estrada um fogo na escada que vai adiante sem perguntar a razão. Um brinde cego exercício degustado com precisão. A lágrima perdida não-vista não-lembrada não-sofrida de novo outra vez. A fome certa saciada. Equilíbrio no espaço aberto liberto de frentes ou de luvas nas calçadas. Período ganho em vertigem de publicação de letras em piercings invisíveis condições pra estarmos felizes. Nós dois. Aos 23 minutos do dia 4 de junho de 2008