sábado, 19 de julho de 2008

Ser poeta é

... ver estrelas nos olhos do dia...
19.07.2008 - 23h

Imagética


Peneirada entre os riscos,
entes distantes das rimas,
minha poesia...
19.07.2008 - 21h33min

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Dor de morte

Dentro da noite, o parto de um único verso.
19.07.2008 - 21h

Ser poeta é

... conceber a si mesmo
e parir-se
no escuro d'alguma rima
dissonante...
19.07.2008 - 20h33min

Amigo

Obrigada pelos enfeites que espalhas aqui e ali, na minha vida. Obrigada por lembrares de mim, por provocares os meus 'pensares', pelos castelos de cartas, areias, concretos, mármores, madeiras, fumaças, restos, fogos, risadas. Obrigada por essas tuas lentes que transcendem o que eternizam, porque dependem desses teus olhos que não são de hoje, nem de ontem, nem de amanhã... teus olhos são olhos de infinito. Eu te amo, meu amigo. Para Adrebal Lírio, por todas as razões ditas e por tantas outras que as palavras não alcançam. 19.07.2008 - 15h

Questionamentos III

Monstro de concreto que se ergue acima dos homens... Quanta angústia guardam tuas paredes? Quantos sonhos aprisionados em ti? 19.07.2008 - madrugada Comentário para foto do álbum ESSES MODOS DE VER, de Adrebal Lírio

Questionamentos II

Pedras que desbotam. Que descascam. Que ruem nas ruas que choram. Pedras que refletem. Espelhos de nossas angústias? Espelhos dos nossos GRITOS? 19.07.2008 - 02h48min Comentário para foto do álbum ESSES MODOS DE VER, de Adrebal Lírio

Questionamentos I

Quem é o homem diante da sua própria criação? Qual a importância dos seus traços, diante dos tijolos erguidos por ele mesmo? Erigirá uma obra em honra ao coração? Até que ponto seus feitos são os provocadores da sua própria solidão? O homem se reúne para a troca, mas está cada vez mais só. De que adianta o outro, para esse homem? Terá ele consciência da pouca importância do que há em volta quando o outro não pode mais sequer andar? Perdemos tempo demais erguendo templos e escondendo-nos dentro deles. Moramos nesses templos, e os chamamos de 'lar', quando o verdadeiro 'lar' é qualquer lugar onde estejamos em paz... 19.07.2008 - 02h58min Comentário para uma foto do álbum ESSES MODOS DE VER, de Adrebal Lírio

Labor?

Respiro poesia.
Ela me vem de fora,
ofertada pela vida.
Eu só a colho.
Vivo da colheita dos versos
que estão plantados por toda parte...
19.07.2008 - 02h55min

Ressuscita!

letras putrefam fadas feitos ressuscitam letras nas histórias mal contadas que nos obrigaram a engolir lajes de luz, pás de inspiração holofotes que confundem e depois enterram no quintal de papel os cegos mortos no tiroteio das frases olhos fechados em ataúdes no tinteiro vermelho líquido na ponta da flecha e na veia e no veio e sobre o travesseiro o indescanço arranhando a madeira a indecência disfarçada na esteira estendida na soleira da porta trancada a chave. Mortos! Mortos! Mortos! Que fazem ainda no chão? Não escutam o poetar nas árvores? Como ousam não erguer-se ao canto de um pássaro da manhã? Os ninhos foram construídos à noite enquanto mortais normais dormiam o sono justo dos que por justiça lutam e o horizonte alaranjado anunciou o amanhecer. Reflexo polido por deuses, aos clarins anunciando o resto azul que virá se prostrar até o instante silenciar-se em escurecer. Que esse leve trilar estremeça a vida Que conceda ao homem a chance De, das cinzas, renascer e viver em poesia outra vez.
02h – 19.07.2008
Com Pedro Augusto

Poesia rima com justiça?

A poesia té tarda mas não falha nunca ao contrário da justiça que tarda, que falha e deixa no seu rastro meia dúzia de gente mo ri bun da... 19.07.2008 - 01h

Caleidoscópio

Extensa sensação de dormência. Muito próxima da anestesia. Muito próxima da inexatidão. Ou seria da exatidão completa? Da absurda clareza de visão quanto ao que me cerca? Ou da absoluta cegueira... Eu sei o que parece. E sei o que de fato é. O feto do pensamento. O encorajamento fatal. O fraternal encaminhamento. O sexo frágil. A fuga. Enfermidade. Fogueira vazia de fogo transbordante de queimação. O erro ronda o riso e é preciso mais do que atenção. A história repete o homem os homens se repetem nenhum aparece com a resposta entre as mãos. São solitárias as esquinas quebradas na rotina diária de andar sempre pra frente sem nenhum sobressalto sem nenhuma urgência sem lamento e sem perdão. Permanecem vazias as mãos.... 19.07.2008 - 0h19min