sábado, 22 de dezembro de 2007
Espelho
Eu conheci uma pessoa
que eu já conhecia,
quem sabe em outro mundo,
em outra vida.
Foi como conhecer
o lado feliz da minha tristeza.
Atravessei duas noites
ignorei o sono
e não acreditei de forma alguma
no tempo.
Esse foi o preço a pagar,
falar pensando em escutar
ficar na frente e
fechar os olhos
com medo do medo.
A vida, às vezes,
assusta
a própria vida.
Palavras manejadas
atravessando pensamentos.
Fazendo eu acreditar
de verdade,
sem lamento.
Depois de conversar,
fica apenas o pensamento:
quanto vale a vida
sem o reflexo de um espelho?
Eu contra eu
sem poder empatar
em um jogo onde esconder é matar
e matar é perder.
Agora é tarde.
O sentimento já existe.
O espelho pode até fugir
mas o reflexo que ele deixou
não vai partir.
É fato
que a vida intimida a vida
e assim é a vida....
*Esse foi escrito pelo Tiago, pra mim, o que me deixou muito, muito, muito emocionada. E orgulhosa, e meio boba...rs... (sim, eu sei que já sou meio boba normalmente...rs... mas considerem que fiquei MAIS...rs...o que significa que ninguém mais me suporta..rs... só ele mesmo pra me agüentar, depois do poema...rs..rs...). Tiago é uma pessoa ímpar. Um menino doce, engraçado, inteligentíssimo (me enrola com uma facilidade de dar dó...rs), sensível e de um bom gosto musical difícil de se encontrar. E ainda por cima é BONITO! Nem precisava, mas é... Costuma ele dizer que é poeta de um poema só... Mal sabe que ELE próprio é um poema. O fato é que não consigo deixar de ler "Espelho". Não consigo deixar de ouvir também... Ah, não vou explicar essa parte... Isso é um blog, não um confessionário, né?...rs...
"Amorticínio - a canção"
Ata-me, canção
Rima que o peito teceu
Estanca-espanca meu "eu"
O dom de amar é sofrer
Breve aurora que
Resvala na escuridão
Precipitando na dor
Da solidão
Quando eu me lançar
Sobre o teu olhar
E tudo mais se calar
Quando a poesia
Clamar por ti
Não fuja jamais de mim
(Refrão)
O amor abriga e fere
O tempo é cicatriz
O amor nasce nos olhos
De quem é feliz
O amor abriga e fere
O tempo é cicatriz
O amor dorme nos olhos
De quem é infeliz
diurudu...
(Galdino)
Não vou colocar data aqui, porque essa canção vem me acompanhando desde que a ouvi a primeira vez. Chorei. E não foi só na primeira vez, não. Volta e meia, quando a ouço de novo, choro, porque ela mexe comigo, não sei explicar exatamente como. Mas ela é tão simples, tão simples que (Tiago diria que NADA é simples..rs..) me deixa meio tonta. E extasiada. E viciada. Quero ouvir mais e mais e mais e mais... E não canso, nunca... Como não canso de amar... Como não desisto de amar... Como tenho cá minhas cicatrizes... E como tenho felicidade nos meus olhos, porque amo. Obrigada, Galdino, por dizeres de forma tão bonita, dessas coisas que todos temos, e que não conseguimos traduzir em palavras... Obrigada.
Em construção
.........
Não comece o que você não puder terminar.
[ainda não terminei]
[mas eu chego lá... é fato...]
22.12.2007 - 02h24min
(...construção iniciada com Tiago... Quando vamos terminar? Não sei... Não sei... Mas chegaremos lá... Um dia...)
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