segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Papo de poeta amado
Se papo de poeta vira poesia,
papo de poeta amado vira luz do dia,
vira fantasia, vira experimento,
vira verso sem nenhum lamento.
Não há qualquer dia cinzento,
nem algum pequeno ou grande impedimento,
que não deixe o verso livre vir à tona.
Não há insuficiência de assunto,
ou tema que não sirva, quando
o papo é de amor e de poeta junto...
Se papo de poeta amado vira luz do dia,
também vira alegria, irradiando
calor e doçura, na branca textura
da tez querida e tão macia.
Papo de poeta amado não pode
nem deve
ser comparado
com nada nesse mundo...
nem no outro...
28.01.2008 - 18h28min
Cantares...
...el silencio de esas flores que por ti siento
el silencio de llegar a tu vida vibrando como un lago
el silencio, Simone, tu sabes bien del silencio
poeta de las 400 voces
mujer de las miradad insurrecta
de la piel vaporosa de las manos extendidas para mi
con ese silencio me extiendo yo para ti
eu te recebo com pétalas de versos vermelhos
poeta das mais de 400 vozes
homem do olhar que me atravessa
e me consome de calores
me encanta estar despierto del mundo contigo
ya lentamente iré volando
con todo el sentido del término
volando volando hasta tus ojos
neles ficarás
té que não haja mais sequer um pôr de sol
té que a chuva não caia mais
té que os homens sejam extintos da Terra
tu,nos meus olhos, té que a vida se renove
e tu sejas, então, nuvem e calor
novamente....
em mim....
novamente
Novísima mente...
28.01.2008 - 04h30min
(Roberto Amezquita e Simone Aver)
Más allá?
... más allá también
te amo
para além do horizonte, onde os olhos já não alcançam
eu te amo
dónde tus ojos dices es el infinito
así te amo también
e andaremos por esse caminho de versos
que escrevemos com o cuidado dos amantes
e a paciência dos sentimentos mais ternos
el cauteloso andar el explosivo ansioso apasionamiento
de nuestras emociones
el ser...
hay algo que no sé muy bien como decir
há algo que não sei muito bem como dizer...
28.01.2008 - 04h23min
(Roberto Amezquita e Simone Aver)
Hay tanto que decir... (II)
Dicionário na mão,
procuro A palavra.
Talvez A expressão.
Ou, quem sabe, A sílaba.
Letra? Ou silêncio?
Estará o silêncio no dicionário?
Não o significado, esse não quero.
Quero o sentido, a forma, o cheiro.
Quero o experimento, o gosto,
o suor no teu rosto.
O suor que senti no teu rosto.
O suor que sequei do teu rosto.
O suor que lambi no teu rosto.
Tanto a se dizer a respeito
e nenhuma expressão suficiente.
Nenhuma descrição suficiente.
Nenhuma narração suficiente.
Nenhuma metáfora, hipérbole,
ou qualquer outra figura.
Nenhuma língua, nenhum idioma,
nem o espanhol, nem o português.
Hay tanto que decir
pero no hay palabras...
E também não há o silêncio.
Uma pintura, uma escultura,
uma arquitetura, uma ranhura,
uma certa estranheza que nada
se consiga dizer... Não sei...
E também não há o quadro.
E não há a mão suficientemente firme
nem o olho suficientemente aguçado
nem o corpo suficientemente forte
pra demonstrar o que existe.
Hay tanto que decir...
Há tanto que sentir... Ainda... E novamente...
28.01.2008 - 02h02min
(Hay tanto, Roberto...)
Amar um poeta...
Amar um poeta
é coisa engraçada
faz-se rimas do nada
faz-se versos do nada
faz-se canções do nada
faz-se, do nada, um tudo.
Amar um poeta
é viver poesia
no dia-a-dia.
É sentir brisa leve
suave harmonia
na linha que traça
lá, bem no horizonte,
a divisória entre o hoje
e o infinito mutante.
Amar um poeta
é sentir-se flor,
manhã, madrugada.
É conhecer a palavra
e sabê-la insuficiente
pra descrever todo
o amor que há na gente.
Amar um poeta
é pintar o firmamento
com as cores que se quer.
É amassar o papel de bala,
lentamente tomar café
e escrever nas paredes da sala:
Eu te amo, tu sabes como é...
Amar um poeta
é fazer poesia o tempo todo
no riso, no beijo, no sono,
na fome, na mordida no queixo,
no abraço, na noite insone.
É ler poesia juntos
e juntos versejar
no papel, no computador
ou na cama, tanto faz...
Amar um poeta é calar...
28.01.2008 - 01h46min
(Para Roberto... N O V A M E N T E ... rs)
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