segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Festa? Só no coração.

Este ano, aqui em casa, não faremos ceia festiva. Não haverá fogos na virada. Nem abraços. Nem canção alguma. Não faz sentido rejubilar-se, se minha mãe não está presente. Mesmo assim, vamos agradecer. O milagre foi feito. Ela sobreviveu, mais uma vez. Com seqüelas ou não, tanto faz. Ela ainda está. Independente dos fogos, dos abraços, da ceia, do espumante, das canções, a vida se renova. Outra vez temos a chance de dizer o que não foi dito. Outra vez temos a chance de fazer o que não foi feito. Outra chance. Se for a última, que seja. Se não for, tomara que não seja. Mas é uma chance. E merece ser agradecida. Não deixa de dizer, em 2008, em nenhum momento, o quanto tu amas alguém. O quanto alguém é importante pra ti. Não tenha medo de arrependimentos. A gente se arrepende de NÃO ter dito, não de dizer. Não deixa de fazer tudo o que puderes pelas pessoas que amas. Por aqueles que te são caros. Por aqueles que estão próximos. Fica com eles. Tem paciência. Oferece amor e companhia. Quando eles se forem, saberás que deste o melhor. E teu coração sentirá alívio, na dor da despedida. Feliz 2008 pra todos nós. Os próximos, os distantes, os que estão por vir. Deus nos abençoe. Que haja festa em nossos corações. 31.12.2007 - 16h01min

Feliz 2008!!!!!!!!!!!!!!

Luz e saúde pra todos nós. O resto vem junto ou a gente constrói. Na boa ou na marra. A alegria é uma escolha possível. Com ou sem dor. Que venha 2008. Estamos prontos pra viver. 31.12.2007 - 15h14min

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Ele

Firme. Incisivo. Direto. Seguro. Forte. Presente. Paciente. Sério. Suficiente. Ele. 28.12.2007 - 15h16min (...o Pequeno Príncipe...)

Vôo

Louca alada abro as asas diviso as funduras esqueço o perigo. A palavra me nutre. Arranca-me os olhos. Cega, vôo. O vento na face. A imensidão na pele. Liberdade. Sonho. Possibilidade. E agora, Drummond? 28.12.2007 - 15h03min

A quem interessar possa:

RESOLVI. VOU REALIZAR UM SONHO! 28.12.2007 - 05h28min

Soltura

Frases soltas. Significantes preciosos. Chance de compreensão. A minha. Tuas frases soltas em mim. História que o mundo dispensa. Mas que a gente já começou. Escrevemos nossa história. 28.12.2007 - 05h27min (Escrevemos juntos, Pequeno Príncipe)

Perguntas são mais?

Serão os sonhos que fazem girar o mundo ou o mundo é que gira os sonhos? Foram tuas mãos que giraram meus sonhos, ou meus sonhos é que te trouxeram a mim e giraram as madrugadas, os ventos, os tempos; coragem na descoberta do desconhecido que espera por mim, por cada um de nós? O giro dos meus sonhos entre teus dedos movendo o meu mundo particular como se teus fôssemos, eu e meus grãos de areia. As dunas, as brumas, os castelos, as fadas, as redomas, os embrulhos, as esperas, alegrias, disfarces, cansaços, medos e afins, todos entre os teus dedos, entregues. Perguntas são respostas ao contrário? Respostas são perguntas não feitas? Sonhos viram realidade? É possível tentar? Sozinha não consigo. Preciso das tuas mãos. 28.12.2007 - 05h23min (Se me deres a mão, Pequeno Príncipe, terei mais coragem...)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Preconceito?

Um dia, uma professora que amo muito e que admiro de montão disse: "A ignorância é a mãe do preconceito". Nunca mais esqueci essa frase. Faço-a minha, diariamente. Quantas vezes, por absoluta ignorância, deixamos de viver, movidos por um preconceito qualquer, arraigado em nós, chaga oculta que nos apodrece, por dentro e por fora? E nos faz menos dignos. De tudo. Eu tenho os meus. E luto contra eles diariamente. Provocam em mim, os meus, uma espécie de enjôo. Fazem mal à minha alma. À parte de dentro de mim. Por isso o cuidado pra que eles não criem raízes tão profundas a ponto de não me permitirem mais viver. Nem deixar que os outros, à minha volta, vivam. Para evitar os meus, esclareço-me. Consigo matar alguns. Um dia, haverei de me livrar de todos, inclusive do preconceito contra quem sofre desse mal: o preconceito mesmo. Sinto muito, esse é forte demais, ainda não consegui vencê-lo. Um dia eu chego lá. 27.12.2007 - 23h12min

VIVA!

Entre, sente, sirva-se de alegria e arte. A vida é o grande espetáculo. Aplauda! 27.12.2007 - 19h21min

Resolução de Ano Novo

Não vou prometer nada, este ano, nem fazer listinha que será esquecida logo no dia dois. Recuso-me a pegar minhas imperfeições todas, meus erros e desacertos (inúmeros, aliás), colocá-los numa caixa e dizer que eles não sairão mais dali - a dita caixa sempre tem um buraquinho por onde eles fogem; e olha que meu nome nem é Pandora! -. Olharei para o espelho e direi: QUE SEJA! Porque, afinal, sempre é o que tem de ser. O balanço do ano que passou, já fiz. Fui feliz. Mais do que o previsto. Amei. Fui amada. Ri muito, coisa que gosto de fazer, todos sabem. Aprendi mais coisas do que ensinei. Chorei. As lágrimas secaram. Tudo passou. Tudo, agora, passa mais rápido. Ah, sim,minha percepção da passagem do tempo mudou. Não disse que foi pra melhor. Disse que mudou. Minha pele mudou também. Meu cabelo. Minhas unhas e até meus gostos mudaram. E minha alma. E minha paciência. E minha vontade de viver. Hoje mais forte que nunca. Logo, nada de resoluções este ano. Que venha o que tiver de vir. Estarei pronta. FELIZ 2008 pra todos nós!!!!!!!!!!!!!! 27.12.2007 - 14h13min

Longevidade

Quero viver 125 anos. E ser feliz em todos eles. 27.12.2007 - 12h11min

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Constatação

Descansa a cabeça no ombro de quem te é importante. As horas gravam a alegria de saber-te amada. É o que basta. 26.12.2007-20h48min

Um bem-fazer

Desvestir as roupagens que te escondem em mim. Desfilar sobre suspiros repetidos sem culpa. Desbravar horizontes desconhecidos. Desentender o entendido. E começar tudo de novo. Amaciar camisas de times opostos. Rir das distâncias descabidas. Ensurdecer os amigos. Assustar os cães. Perder a noção. Bem-fazer. 26.12.2007 - 03h34min (... é bom estar-bem contigo...)

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Inspiração

Expiras rima perfeita tem o ar dos teus pulmões. Inspiras sorvedouro de minh'alma condição primeira de riso e vida. Riso É Vida. Perco o foco foge-me a imagem que não vejo. Um terreno e um pé de laranja nele, suficientes de manter a branda luz o fogo da vela lenta que arde diante do espelho que reflete teu desejo. Inspiras a poesia que faço na madrugada de depois da festa. Encomendo a melodia da voz. A vez me chama e não obedeço. Transgrido a regra de ouro de ser quieta e cordata postura esperada da condição esta. Salto o portão. Não me prendem os muros. Regresso descalça e exausta sandálias nas mãos nas mãos teu abraço. Tudo é música. Tudo é poesia. Inspiração. Expiração. Tuas. 25.12.2007 - 05h57min (Inspira-me, Pequeno Príncipe, inspira-me...)

Risco?

Não valide. Não vele. Não revele o que há depois do vale, onde as videiras florescem. Não fale que a extensão da voz quebra a magia. Não sufoque o desejo da uva. Colha. A colheita não fere. 25.12.2007 - 18h

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Indefinição

O próximo passo é um traço sem sombra. Mistério. 24.12.2007 - 13h51min

Importâncias

Fique bem. Seja feliz. Faça o bem. Cante. Enlouqueça. Não abra mão de quem és. Não sofra à toa. Temos motivos de sobra pra sofrer, não invente outros. Ria gostoso. Respeite os outros. Mantenha as pessoas que te amam, perto de ti. Desabafe. Grite, de vez em quando. Chore, sempre que tiver vontade. Aceite a tristeza. Invente uma coisa nova por dia. Aprenda. Corrija-se. Não corrija os outros, oriente. Procure seus pares.Dois é sempre melhor que um. Goste de ti mesmo. Tenha orgulho de quem és. Emocione-se. Faça só o que acreditares que deve ser feito. Acredite. Leia. Busque. Beije muito. Abrace sem medo. Entregue-se. Dói, às vezes, mas vale a pena. Dance. Arrisque-se. AME! VIVAA!!!!!!!!!!!!!!! Meu desejo para 2008, como foi para os anos anteriores. Tenho sido cada vez mais fiel a esses princípios. Que seja o que tiver de ser. Daqui a pouco, amanhã, ano que vem, nos anos vindouros. Que venham os dias que aguardam ser vividos por mim. Estou pronta pra eles. 24.12.2007 - 02h33min

domingo, 23 de dezembro de 2007

Votos

Que a boa sorte tome conta de todos os cantos da sua, da minha, das nossas vidas. Que haja sempre alimento para a criança que há em você... 23.12.2007 - 22h04min

Condição

Amor só se for pra toda vida os descartáveis já sei já conheço, experimentei. Têm gosto de feriado são vermelhos, são doirados (e desbotam na primeira lavagem: borrados). Amor só se for pra vida inteira com jeito de alegria faceira com cheiro de canela e mel. Cordas com nó de marinheiro e sensação de navegar no céu. Amor só se for pra entrega inteira só se for o teu e o meu entrelaçados na estrela de um primeiro e sempiterno amanhecer... 23.12.2007 - 22h

Hoje

Amanhecer é o primeiro passo do dia. Caminhar é não-morrer. 23.12.2007 - 11h13min

Silêncio:

agudo grito que fere. Quando prolongado, ensurdece. Quando insistido, pode matar. 23.12.2007 - 04h04min

Insana (idade)

Escrevo versos compulsivos num sem-sentido insone crescente sou aspirante a hospício e visto fantasia de enfermeira pra pular o muro e sorver a liberdade num copo de gelado suco de laranja. Na escuridão da madrugada escaldante apimento a letra firme com pitadas de suor, gratidão e lascívia. Tuas flores enfeitaram meu jardim. Tuas fantasias provocaram convulsão. O dia não veio. Revolução... 23.12.2007 - 04h

Noite

É a noite que dorme, não a gente. A gente capota, cai duro, desmaia. A noite descansa da gente. E a gente sonha que a noite é princesa diária, suave melodia. Mal se sabe, sequer se sente que a insanidade ronda o presente e que a maldade da noite é justamente essa: a de mentir pra gente. 23.12.2007 - 03h49min (...tudo pronto pra dormir, mas ele não vem. O sono...não vem...)

Enquanto a noite dorme...

Entrego-me sem falso pudor ao ofício da escritura. Escrevinho, rabisco, conserto, apago, desperdiço, produzo ranhuras, lapido, rasgo, aborreço. Sou função de escrita dupla. Não tenho mais nada além da folha pacientemente desvirginada. Abro mão do direito de não surtir efeito sobre os teus pêlos. Arrepio tua pele. Alcanço tu'alma sedenta da força vital do verbo cru. Não sou poeta. Costuro ânsias e alegrias na folha, antes vazia, agora plena de sentidos. Tu os tens. Tu os fazes. Tu te aproprias dos significados, como se a ti fossem dirigidos todos. Não sou poeta. Escrevinho emoções entrelaçadas de versos, costuradas com agulha de tricô que herdei da avó materna. As letras, confesso, roubei das conversas alheias dos amigos que me contam as histórias de tempos idos as memórias de baús antigos. Roubei do baú de tesouros da minha infância primeira. Roubei da gata borralheira que era princesa e não sabia. Roubei de ti, pequeno príncipe, e desse teu olhar que eu não sei se é de luar ou de bola de gude. Roubei de mim, pra colar aqui e deixar assim.... 23.12.2007- 03h14min (Quem disse que insônia é ruim???????????????????)

Enredo

Escrevo. Sou torrente de nervos. Sou aço, sou algodão. Sou pena firme de tinta azul ou vermelha depende o time depende a ocasião. Lê o que desenho no verso sem rima que te proponho agora. Não assustes as andorinhas no quintal da casa ao lado que elas trazem bom presságio de um amor que vem virando a esquina e traz acordes vários no acordo assinado em branco que antevi e cantei durante o sono. O sino toca ao longe. Escrevo. 23.12.2007 - 02h42min

Improviso

E dei pra poetar nas horas mais imprevistas nas mais improváveis nas mais imprecisas. Dei pra fazer versos debaixo do chuveiro, no almoço, no banheiro, no ônibus, no meio do caminho onde não tinha uma pedra mas tinha um papel pra eu rabiscar um verso e brincar de ser Drummond. E dei pra poetar no meio de uma conversa vadia fazendo uma simples gargalhada virar a mais doce poesia. E toda essa tal poesia invadiu as horas as noites os tropeços. Toda poesia arredou as cadeiras do sossego e trouxe rimas e sonetos e amores vários. Toda poesia se fez pó fez-se bela tocou dó fez sinfonia na letra da sopa no prato fundo do meio do meu dia. Transformou-se em canção oração avião que voou e foi pousar lá nos teus laranjais... 23.12.2007 - 02h28min (... velo o sono de um pequeno príncipe, que dorme tranqüilo, debaixo dos laranjais...)

Justiça...

O sono dos justos enquanto juntos é sono profundo que segue a queda da exausta luta dos corpos no amor. O sono dos justos justamente juntos é sono de pena de finda energia dos membros no amor. Ajusto a cabeça no travesseiro do teu peito. Entrego o amor. 23.12.2007 - 01h42min

Superlativa

Sim, tudo em mim é muito. São intensas as minhas alegrias. Intensa minha dor. Intensos meus amores. Intensa minha vida inteira. Os meus dias. As minhas relações. Meus olhares. Desafetos. Dissabores abertos. Meus errados, meus certos, meus ais, meus tais apertos. Tudo em mim é mais: o que falta o que eu chamo de raiz o que há na paz. É nisso que aposto é disso que gosto é do que preciso. S U P E R L A T I V A ! 23.12.2007 - 01h35min

Laranjais

É tão doce permitir-se... Se a dor vier, que seja. Antes dela, no entanto, a alegria de saber-me exausta de sorrisos. Não atento para o tempo. Não me atenho na hora. Não me limito na letra. A linha que sigo está em mim. O ponto que busco, onde? Talvez além-montanha. Talvez além-convenção. Talvez além-talvez. O passo dado não mede d i s t â n c i a . O passo tido não pede c l e m ê n c i a . O passo dito não mente d e c ê n c i a . O passo-a-passo não cede e não se arrepende. O ocaso do passo, um pente-fino no medo... Andemos, então. Tu e eu, a passos largos. Laranjais... 23.12.2007 - 01h28min

Desenhos de mim

Era eu. E não me dei conta. Era eu. Estava ali, representada nas linhas nas curvas nas exuberâncias todas. Era eu. E não me percebi. Talvez ainda não tivesse olhos de ver além do visto. Talvez ainda não devesse ver. Mas era eu. Sempre fora. Eu. O traçado preciso. A postura. O porte. O risco. Eu. A atitude era a minha. A pose a que eu fazia. A posição a que estava em mim. Era eu. E não me percebera em mim. Ali, no desenho que me fiz. Eu. Aos 46 minutos do dia 23.12.2007

sábado, 22 de dezembro de 2007

Espelho

Eu conheci uma pessoa que eu já conhecia, quem sabe em outro mundo, em outra vida. Foi como conhecer o lado feliz da minha tristeza. Atravessei duas noites ignorei o sono e não acreditei de forma alguma no tempo. Esse foi o preço a pagar, falar pensando em escutar ficar na frente e fechar os olhos com medo do medo. A vida, às vezes, assusta a própria vida. Palavras manejadas atravessando pensamentos. Fazendo eu acreditar de verdade, sem lamento. Depois de conversar, fica apenas o pensamento: quanto vale a vida sem o reflexo de um espelho? Eu contra eu sem poder empatar em um jogo onde esconder é matar e matar é perder. Agora é tarde. O sentimento já existe. O espelho pode até fugir mas o reflexo que ele deixou não vai partir. É fato que a vida intimida a vida e assim é a vida.... *Esse foi escrito pelo Tiago, pra mim, o que me deixou muito, muito, muito emocionada. E orgulhosa, e meio boba...rs... (sim, eu sei que já sou meio boba normalmente...rs... mas considerem que fiquei MAIS...rs...o que significa que ninguém mais me suporta..rs... só ele mesmo pra me agüentar, depois do poema...rs..rs...). Tiago é uma pessoa ímpar. Um menino doce, engraçado, inteligentíssimo (me enrola com uma facilidade de dar dó...rs), sensível e de um bom gosto musical difícil de se encontrar. E ainda por cima é BONITO! Nem precisava, mas é... Costuma ele dizer que é poeta de um poema só... Mal sabe que ELE próprio é um poema. O fato é que não consigo deixar de ler "Espelho". Não consigo deixar de ouvir também... Ah, não vou explicar essa parte... Isso é um blog, não um confessionário, né?...rs...

"Amorticínio - a canção"

Ata-me, canção Rima que o peito teceu Estanca-espanca meu "eu" O dom de amar é sofrer Breve aurora que Resvala na escuridão Precipitando na dor Da solidão Quando eu me lançar Sobre o teu olhar E tudo mais se calar Quando a poesia Clamar por ti Não fuja jamais de mim (Refrão) O amor abriga e fere O tempo é cicatriz O amor nasce nos olhos De quem é feliz O amor abriga e fere O tempo é cicatriz O amor dorme nos olhos De quem é infeliz diurudu... (Galdino) Não vou colocar data aqui, porque essa canção vem me acompanhando desde que a ouvi a primeira vez. Chorei. E não foi só na primeira vez, não. Volta e meia, quando a ouço de novo, choro, porque ela mexe comigo, não sei explicar exatamente como. Mas ela é tão simples, tão simples que (Tiago diria que NADA é simples..rs..) me deixa meio tonta. E extasiada. E viciada. Quero ouvir mais e mais e mais e mais... E não canso, nunca... Como não canso de amar... Como não desisto de amar... Como tenho cá minhas cicatrizes... E como tenho felicidade nos meus olhos, porque amo. Obrigada, Galdino, por dizeres de forma tão bonita, dessas coisas que todos temos, e que não conseguimos traduzir em palavras... Obrigada.

Em construção

......... Não comece o que você não puder terminar. [ainda não terminei] [mas eu chego lá... é fato...] 22.12.2007 - 02h24min (...construção iniciada com Tiago... Quando vamos terminar? Não sei... Não sei... Mas chegaremos lá... Um dia...)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Rimas

...rima anônima é sina é sinal solidão no badalo do sino da catedral... 20.12.2007 - 20h24min

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Dos pequenos prazeres...(Pequenos?)

Suco de laranja pra alegrar teu dia beijo na boca de mel nuvens de chuva no céu. Letra de música escrita pra pensar e se for pra sonhar que seja comigo té o dia raiar... 18.12.2007 - 15h05min (Laranjas, chuva e beijo na boca pra ti, pequeno príncipe)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Concerto

Há que se reger a vida, orquestra organizada para concertos perfeitos. Prepara a batuta escolhe os melhores músicos estuda as partituras e... dança! Dança suave entre os instrumentos e seus poderes. Dança contente que a vida da gente dispensa a palavra impertinente. Num lapso da decência, escorrega no desejo de seres tu mesmo sem máscara, disfarce ou pudor. Tu mesmo, conciso num dó. Descomunal harmonia. 17.12.2007 - 19h23min

Apologético

Entre estrofes, clarins, oboés, pífaros, centelhas de bons presságios, distância de clichês baratos, batidos, cansados, verbos bastardos provocam motins nas costumeiras rimas, propõem vocábulos nefelíbatos e espalham perfume de sândalo nas linhas, nas curvas, nos pingos dos is. No meio do laranjal, um pequeno príncipe passeia a colher o fruto ilibado, intento de apego e calor. Sápido poema lido no vigor da juventude morena, do afeto bem-vindo e raro de um raro sabor. São sonhos são sons são dias claros a nos cobrir. Canção de chegada. Desejo de parir. 17.12.2007 - 16h04min (Ao pequeno príncipe, jovem poeta moreno, meu bocado de poesia...)

Onde...

E agora essa inquietude n'alma esse ritmo descompassado no peito de uma saudade que não quis que não ouvi, sequer previ, e não pude, então, me prevenir. E agora esse tal desassossego embutido no abraço de mais de três minutos em que espelho e reflexo se fundem num só calor nos pensamentos de depois no jogo de esconder do sentimento que não intimida, mas mete medo. Ele quer saber quanto vale a vida sem o reflexo. Eu quero perguntar quanto vale o reflexo sem a vida. Onde a resposta? No íntimo de nós? Dos nós separados ou dos sós amarrados que nos fizeram nós? Onde a resposta? Entre as linhas do poema? Qual deles? O que escreveste pra mim? Os que escrevo pra ti? Em que verso abençoado a pergunta da resposta formulada? Em que vírgula a pergunta? Em que forma, em que rima, em que estrofe, a risada esperada? Onde a resposta? 17.12.2007 - 03h32min (Não sossego enquanto não encontrar A resposta...)

Estrela, na madrugada escura

No breu da noite, uma Luzinha risonha. 17.12.2007 - 03h13min (Para Luana Scomparim, amiga querida, filha mais velha, Luzinha que brilhou de risadas a madrugada de hoje. Eu te amo, amiga.)

É imperativo que...

Sejas feliz. Alegria não enlouquece. Ames. Amor não faz mal. Rias. Gargalhadas fazem cócegas nas dores. Faças amigos. A evolução só se dá com a troca de idéias. Persistas. Desistir não te leva pra lugar algum. E nunca, jamais, em tempo algum, deixes de saber que há alguém, em algum lugar, olhando por ti. 17.12.2007 - 02h48min (Para minha amiga Deliane, que me abençoou de risadas, esta madrugada. Obrigada, amiga. Eu te amo.)

Tempo...

Tempo vem, tempo vai, tempo range os dentes não admite nenhum ai. As rugas mostram as garras arrastadas pela corrente do tempo que vem do tempo que vai... 17.12.2007 - 01h01min

domingo, 16 de dezembro de 2007

Fragmento

Sonhos com gosto de bala, com gosto de moranguinho e de abraço apertado. Sonhos com gosto de alegria que a menina que habitava na mulher não sabia que tinha que a mulher que abrigava a menina pensara ter buscado em vão. .. 16.12.2007 - 18h03min

Da liberdade

A liberdade também tem lá as próprias algemas disfarçadas de flores e passos faceiros... 16.12.2007 - 20h

sábado, 15 de dezembro de 2007

Brevidade

Seja breve. Tenho coisas a buscar. Prove que a distância não houve. Devolva o caco quebrado e deixe por assim. Parta. A parte que a gente já sabe. Seja breve. Recolha suas coisas e... Venha... Venha em breve. A lacuna está aberta. Seja breve. Que a força de nascer está. Abrevie o silêncio e a resposta. Aconselhe o padre, a prima, a bolha a ficar cada um no seu lugar. Que o teu é aqui, em breve. Brevemente, as brumas se desfarão... Em breve, seremos luar e prece. Te apressa. Seja breve. No primeiro minuto do dia 16.12.2007

Poema

Quem tem o poder de medir a normalidade? Quem é capaz de dizer quanto vale um prazer? Quem tem a chave do acerto? Onde a medida exata? Onde o modelo? Onde o limite? Não tenho essas respostas. Não procuro por elas. Quero saber do que é bom pra mim. E é bom ouvir uma voz bonita, lendo um texto de qualidade. E, melhor, escrito pra mim. Ah... danem-se as medidas. Eu quero é ser feliz! 15.12.2007 - 17h38min (Obrigada pelo poema, pela voz, pela companhia. Obrigada pelo presente inesquecível. Obrigada por existires e por teres entrado na minha vida. Que seja até que tenha que ser... enquanto estivermos bem... os dois...)

Espelho

Em sendo eu teu espelho, a imagem refletida será minha, ou tua? E em sendo de qualquer de nós, estará ela distorcida, ou será o retrato fiel do que somos? Se és meu reflexo, eu serei triste? Se sou teu espelho, haverá alegria em ti? 15.12.2007 - 14h27min

Viagem

...Nesse pensar, passou por planícies e mares montanhas, clareiras, florestas, videiras, lares de outros rostos, outros gostos, outros povos. Fez-se mil rapidamente... Mas, nesse mil, entrelaçada docemente, uma preguiçosa lembrança: naquela canção azul, a voz dele... 15.12.2007 - 03h10min

Vive!

Espanto-me diante da vida. Ela me apanha todas as manhãs, e me convida para a viagem única do meu último dia. O último dia são todos os dias, pra todos nós. Tens consciência disso? 15.12.2007 - 04h34min

Ama-me baixinho

Hoje eu quero sorrisos, abraços e beijos. Hoje eu quero amenidades, amizades, disparidades alegres. Hoje eu quero o instante e o que nele reside, nem que seja apenas um esboço de sorriso. Eu quero esse esboço; ele é meu, me pertence, me completa. Hoje eu quero sonhar com pardais e acordar ouvindo... o quê? Tua voz... tua voz... a me dizer baixinho: "Ama-me"... 15.12.2007 - 04h28min

De ouvir...

Perdi a conta das vezes que ouvi. Me perdi nas vezes sem conta que ouvi. Ouvi as vezes e as contas que cantam além do lido, além do ouvido, além do escrito, além... A palavra que me define, depois de ouvir, é essa mesmo: perdida, ou talvez tonta, ou... ai, que vontade de... ouvir... 13.12.2007

Do abraço

Todos os abraços deveriam ser de graça. Todos os sorrisos deveriam ser de graça. Todas as mãos dadas deveriam ser de graça. O mundo seria muito mais engraçado tu não achas? Talvez o mundo só precise de um abraço. Talvez tu só precises de um abraço. Talvez eu só precise de um abraço. Talvez a cura esteja no abraço. Embutida entre dois braços que te enlaçam e te dizem que és bem-vindo. Abrace. Vou começar por mim. 15.12.2007 - 02h49min http://www.youtube.com/watch?v=qWCcyLSJl58&eurl=http://www.orkut.com/FavoriteVideos.aspx?uid=13975317376525674523

Identidade

Seria Lúcia, Cacilda, Florbela? Ah, quantas flores ela seria? Quantos espinhos na ferida? Quantos suspenses nas rendas das saias, dos vestidos, das cortinas que ela, sem nome, sem identidade, sentimento ou religião, esconderia? 14.12.2007 (http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=42836441&tid=2571577557877342472&na=2&nst=3)

Minimalismo

Minha escrita é um G R I T O Escuta.... 22.10.2007 -03h27min

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Juramento

Ainda que o céu sobre mim esteja carregado de pesadas nuvens, ainda que haja uma tempestade se formando, e eu entenda ser preciso repensar meu eu, repensar minhas posturas, repensar meus pensamentos mais queridos; ainda que os ventos batam com força e a escuridão seja praticamente total, permanecerei confiando no poder de um sorriso sincero. Não abrirei mão de dizer a verdade. Não permitirei, em hipótese alguma, que a tristeza me impeça de acreditar. Eu acredito! 14.12.2007 - 03h18min

Nasça!

Natal é nascimento. Nasça de novo todos os dias. Veja a vida com olhos infantís... tudo novo, sempre, ainda que seja a mesma coisa repetida várias vezes. Pessoa escreveu sobre isso, Quintana também e, antes deles, outros tantos. Pense na possibilidade do novo. Dê-se a oportunidade de acreditar. Eu acredito. 14.12.2007 - 03h12min

Canção

Uma canção bonita tem que ficar grudada ao teu ouvido. Tem que alcançar teu peito e, ali, fazer morada. Uma canção bonita não tem que ser rebuscada. Simples, como um beijo estalado de criança, tatua impressões de doçura, candura, leveza tal que te faz esquecer o que te ronda, o que te rodeia e esperneia pra sair. Uma canção bonita te traz a vida em acordes que não precisas entender, só sentir e aceitar e ver. Olha, a alegria pode ser doce como essa canção aqui: http://www.youtube.com/watch?v=05zLjNegxaY 14.12.2007 - 02h31min

Metamorfose

Eu mudo e me viro como posso transmuto, transformo, mas não me conformo que a vida dependa de outrem que o sonho, a união, o trabalho não sejam o bastante, nem o suficiente pra que a arte valide o que se sente supere a expectativa do tédio e liberte de vez as mãos presas do poeta que se diz ignorante... 14.12.2007 - 0h45min

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Milagre

Deus faz arte. Pinta em blocos quadros de flores por toda parte. Depois pincela a criança e está satisfeito. A obra foi criada. Perfeita! 13.12.2007 - 21h15min

Vinte

São vinte anos e um sol dentro de mim. São vinte canções e uma melodia misteriosa de resposta inexistente, e a sensação de que já é tarde. São vinte motivos pra andar. São vinte assuntos pendentes e vinte horas de conversa agradável. Vinte suspiros e desculpas pra ficar. Ataques de risos entre vinte lágrimas e outras vinte causas pra deixar. Vinte sonhos profanos. Vinte dedos a se buscar. Vinte histórias bem contadas. Vinte mundos a criar. Na gaveta, os vinte originais do meu desejo da minha insônia e das vinte vezes que repeti pra mim mesma que quarenta são vinte mais vinte e se outros vinte vierem serão pimenta, no caldo de nossas vidas. 13.12.2007 - 20h52min (...só pra deixar bem claro, eu adoro pimenta...)

Transgressão

Era pra ser só um recado um convite, talvez, à troca inocente, um papo, um bonito papel de presente. Era pra ser só uma risada conversa bem leve, descompromissada um carinho, amizade, um não-tem-de-quê. Mas veio o mistério, menino-moreno, de olhos de negra jabuticaba e inverteu tudo, perdeu-se o controle desandou a mistura, de início inocente, de doce prazer. E o vento varreu a madrugada perguntando baixinho em sussurrante delírio: "Qual é o tamanho do passo de que és capaz?". Vêm à tona mil erros, acertos, vaidades até validados nesse tempo que é nosso agora nesse espaço que se expande no laço nesse apreço confuso, obscuro, oculto de um vulto co'a barba por fazer. E eu não tenho essa resposta!!!! Eu só tenho esse meu passo que insiste em resistir às regras impostas. Eu só tenho esse meu passo acompanhado dessa minha alegre natureza transgressora. É só o que eu tenho: esse meu passo, que eu ainda não sei medir... 13.12.2007 - 16h12min

Espelho?

A vida mora no espelho ou será aquela que generosamente emprestas ao reflexo que vês? A vida intimida a vida, ou intimidará aquele que, de frente para o espelho, teme o nascedouro de uma nova alegria? A vida não é assim ou assado. É o que dela fazemos, as noites de luta contra o sono, em prol da companhia querida, o cuidado, o verso,o agrado, a risada, a olhada, pescaria. A vida está aqui. E te espera. 12.12.200 -23h02min

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Audição

Não consigo parar de ouvir. Cumprir a promessa de deixar de ouvir é profundamente dolorido. Mas... ...promessa é dívida. (Quem foi que inventou isso? Preciso descobrir) Porém, antes de cumprir o prometido, penso que mereço me dar o direito e o prazer de ouvir mais de 3 vezes... talvez mais de 20, té que meus ouvidos gravem a entonação, a melodia, a suavidade, e eu não precise mais da máquina pra ouvir. Ou até que eu consiga parar de chorar... 12.12.2007 - 22h07min

Da beleza de dizer

Os bons poemas não falam, não dizem, sequer comentam. Falam, contam e explicam nas entrelinhas, nas vírgulas, nos acentos. Os poemas são entidades vivas, que moram na gente. Nos usam. Somos instrumentos em suas mãos. Marionetes, nos deixamos manipular. Canais por onde o lirismo escoa para o mundo. O lirismo dos anjos. O lirismo dos amores. O lirismo dos deuses. E nos deixam de presente, ao atravessar-nos, a sensação de sermos nós também, ainda que por breves instantes, responsáveis por essa beleza que é a única que realmente importa: a beleza de dizer. 12.12.2007 - 20h19min

Sonho

Eu sonhei com um menino de doce sorriso triste que não se lança, mas se dispõe a dançar comigo na rua: nós, loucos de pedra preciosa, brilhante, esmeralda, rubi no teatro da vida e da letra de um certo poeta aprendiz. Eu sonhei com o menino insone que cita Clarice ou Maquiavel como quem provoca repentino arrepio. O menino com tempo certo, dias exatos, pra construir um único, um singular poema (o primeiro de muitos?). Príncipe sério, de falar certeiro. Eu sonhei com um menino sem voz. 12.12.2007 - 16h34min

A DUAS MÃOS

eu gosto de uma voz que jamais escutei do riso discreto que enfeita uma boca em claro contraste com sonoras gargalhadas minhas que eu não sei... O tom triste das frases os enigmas, as verdades os véus rasgados sem dó sem piedade ou cerimônia nas horas várias - porém breves demais - em que o soluço é curado com um beijo do sentimento (obrigada, Tiago, pelos versos... por existir... por estares aqui...) 12.12.2007 - 02h23min

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Diga agora.....

Diga EU TE AMO. Mas diga hoje. Amanhã pode não dar mais tempo, e o outro jamais saberá o quanto foi amado. Diga hoje. Diga agora. Diga já. EU TE AMO. 11.12.2007 - 22h51min

Pescaria

Verbos ao vento frases soltas ao luar. Rompo a madrugada sem saber se é dia sem saber se a noite veio ou sequer se ela virá. Anjos dançam na magia de um soneto musicado. "Canções têm que conter lições", disse ele ao longe, as palavras rodopiantes no brilho forte da estrela alta. Nessa singular pescaria noturna a isca maior é a gargalhada ou o leve riso de alguém. Vara de pesca, rede, balde, susto em meio à tempestade a resposta que não veio o número que não existiu a vigília que valeu. Ele não dormiu... Nem eu... 11.12.2007 - 16h20min

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Das regras

As regras não me aprenderam ainda. Eu ensino, mas elas não aprendem. Devo estar fazendo alguma coisa errada. As regras me perseguem, mas não me alcançam. Eu até páro, espero, olho, escuto, observo, atento. Nada. Elas não chegam. Elas não me grudam. Passam ao largo de mim. As regras. 10.12.2007 - 23h10min

Ária

Delineio o corpo que espera o cansaço depois da luta. Cruzo a porta dos fundos e me perco nos jardins do ser. Não sei se confundi o papel e rabisquei a instrução em forma de violão. Talvez só o que eu desejasse fosse uma música. Composição única no universo que encanta teu olhar. 10.12.2007 - 22h46min

Poetar

As rosas, as prosas as insinuações deliciosas madrigais nas madrugadas, improvisados saraus de poucos poetas, artistas, loucos. Amores e-ternos nas letras canções entoadas por muitos, tranças de metáforas musicadas nos versos vários daqueles que têm algo a dizer. São paixões, são senões, são lágrimas esperanças, espelhos, explosões perseveranças, encantos, razões. São mãos unidas, separadas, desejantes reticências, pontos, vírgulas latejantes. Passeiam por teus olhos as leituras dos interiores das almas que se mostram sem querer. Dos gritos que explodiram de puro prazer. Ou não. Nesse caso, passeiam por teus olhos só palavras letras que não entendes frases que nada mais são que vocábulos estendidos na página sem sentido sem sentimento sem ilusão. A instrução é tua a inspiração é nossa compartilhada, mais que preciosa, mais que simples lazer. Oficio preguiça talento tanto faz o que fazemos. O que te fez nos ler foi poesia foi lamento foi saber... 10.12.2007 - 22h32min

Respostas?

Pequeno príncipe silencioso, onde tua voz? Os livros, os esforços, os estudos absorvem o tempo já breve de tão purpúrea juventude. Teu time, religião, torcida, engenharia e mágica musical, citações que falam em ti, Freud, o último, com Pedro e Paulo a se dizer. E eu aqui, versejando por ti, me fazendo conhecer, ainda e sempre, desde a máscara lacrimejante no visitado perfil, e a intrigante idéia da diferença abismal. Somos orações próprias ou pensamentos de terceiros? Convenções, informações, condições impostas. Por quem? Armadilhas virtuais de virtudes mais adivinhadas que sabidas. Pequeno príncipe da rosa exigente, o caminho é mistério solução é o presente. Onde a questão? (Tiago, perguntas encerram respostas?) 10.12.2007 - 14h45min

Silhueta

Um traço em curva. Um corpo em traços. Um olhar do outro lado. Quem tem mais sorte? Quem é mais feliz? O lápis que traça o caminho? O corpo que se deixa retratar? O olhar que admira? Que é isso que eu fiz?

Nudez

Misturo minhas tintas às tintas alheias rabisco silhuetas corpos nus marcados de sensual reticência. São peitos, são pernas, costas, cabelos despenteados ou não. São sonhos despertos, são véus, solidão. Acoberta o sentido da obra real. Acompanha o instinto na curva fatal. Embaçada transparência não esconde não revela: transcende.

Poesia, o que é?

Poesia é fada esvoaçante sobre os olhos do profeta que tudo enxerga e que além ninguém vê. Que não arremeda o laço adiante que o une ao inconstante espaço aberto à frente, lancinante, preciso, latejante, imponente. Poesia é quebra repentina de página, rabisco rápido n'alma de tresloucada dança, suco de maracujá que acalma, o temor do dia, a esteira da lua, a moça que sua na janela, esperando o som do violino distante, que chora a ausência dela. Poesia é arco rijo em flecha certeira. É chinelo na estante, quieto... shhhh.... É livro no pé, que te faz voar longe. Poesia é café com cheiro quentinho. É sopa de letras, pra gente saber. É cama macia no inverno, é sonho pra dar e vender. Poesia é sorriso de moça, é amor doce feito selvagem, é canção, é flor, é bonança. É carência, resposta, desgraça, certeza, armação, esperança. Poesia é cabeça bem feita, gaveta arrumada, sabonete, paixão, percussão, confiança... Poesia... diga você, o que mais será então? 04.12.2007 - 02h09min

domingo, 9 de dezembro de 2007

Menino mistério

Menino bonito escondido por detrás do mistério. Cortina de fumaça disfarça teus traços. Condição de voz é poema escrito sob encomenda na tarde de um domingo muito azul. Não responde não se abala não se expõe. Permanentemente protegido. Tem medo de quê? Menino bonito por convicção fiel -raridade masculina- que se pensa comum. Ah, isso não é! Foto escurecida. Fuga constante. -De mim?- O que te assusta, menino bonito? A vida machuca, é certo. Mas é tão linda! Pega minha mão. Posso te mostrar. Vem. (Tiago, desveste a armadura....)

sábado, 8 de dezembro de 2007

Sexo Intelectual

Deito na mesa penetras na cabeça e acendes a chama que me incendeia o intelecto. Troco contigo saberes que trago comigo. Trocas comigo saberes que tens teus. Orgásmico acréscimo de conhecimentos. Tu lês, eu escrevo. Escreves, eu cresço. Uma palavra nos basta. A frase, oração completa. Ato em leque de êxtase literário. Discussões acaloradas. Eu te odeio. Nos amamos. Verdadeiro 'karma surta': surto de poesia sintonia na construção do verso múltiplas posições críticas. E não cansamos. E não desistimos. E não falhamos. Nunca! Poetamos. (Para Fabi, porque sexo não tem uma só conotação... não pra nós...)

Ignorância

Quanto mais estudo, quanto mais leio, quanto mais conheço, descubro que pouco sei, que muito há pra ler, que não conheço absolutamente nada de nada... Que sou muito pequena, diante da imensidão que me cerca. Que, pra ser uma pessoa melhor, é preciso pesquisar, buscar, esclarecer-me. Daí minha busca constante. Aperfeiçoamento é uma coisa que dá trabalho, mas também dá satisfação. A satisfação de, justamente, sentir-se completamente ignorante a respeito de "n" coisas. Ora, dirás, como pode alguém sentir-se satisfeita ao descobrir que nada sabe? Sim, é possível, porque é justamente essa percepção que me empurra pra frente, que me faz ter vontade de crescer, de conhecer mais e outras coisas, que me impele a buscar o que ignoro, a me inteirar daquilo que ainda não me pertence. E, quando pertencer, deverá, necessariamente, sofrer modificações, provocando novas necessidades, num círculo sem fim. Buscar é garantir o pulso da vida. É não parar no tempo nem no espaço nem na janela, esperando que um dia, alguém, te traga o crescimento embrulhado pra presente, com uma linda fita rosa em laço perfeito. Buscar é mover-se. Sair do lugar. Abrir os olhos e entender que nada se sabe, nada se conhece, nada se leu. É entender os processos e apoderar-se deles. Buscar é ter olhos para ver adiante, muito além do que está visível. É VER!!!!

Aprende a VER!

Às vezes, estamos tão absortos nas tarefas diárias, nos problemas, nos conflitos, que esquecemos de olhar para o lado. Perdemos. Perdemos de ver o sorriso de uma criança. Perdemos de nos ver sendo vistos. Perdemos o espetáculo da natureza... Ah... se eu não tivesse aprendido isso ainda, não teria visto esta tarde, um beija-flor. Presente divino. Magia inexplicável. Canção suave. Obra de arte de um Deus maravilhoso, que nos mostra, todos os dias, como somos importantes pra Ele. Muitos não vêem... Estão absortos demais na lide cotidiana. E tu, quando vais prestar atenção ao que acontece ao teu redor? Aprende a VER!!!!!!!!

Lascívia

Desorganizo meu mundo

e mostro-me indefesa diante

da tua boca voraz.

Diferentes civilizações moram em mim

tanto quanto em ti

e a ficção persegue-me os instintos

todos voltados ao prazer

de saber-me dona dos meus quadris

enquanto teu corpo se encaixa no meu.

Retrato a precisão com que teus olhos

ferem os meus

precisamente no momento do gozo.

Alcançam o sol que me sustenta

a energia guardada

nas gavetas secretas

trancadas secretamente a sete chaves.

Mas tu não precisas das chaves

ou dos segredos

ou das senhas

ou coisa que o valha.

Penetras nos meus olhos com os teus

e o sexo, então, é mero detalhe.

O jogo ao qual nos entregamos

é teu e meu em partes iguais

em fúria e alento

descanso e dizeres roucos

loucas misturas de sabores

e sensações de afetos que se encontram

que se encantam mutuamente.

A serpente hipnotizada

pelo canto da sereia ardente

que convida à alegria

em decúbito dorsal.

Não deixamos de ser.

Individualmente, sou em ti

Individualmente, és em mim.

Lascívia... 19.11.2007 - 15h17min

Escrever?

Escrever é, pra mim, o máximo da liberdade. Aqui, na letra, me desfaço das roupagens que sou obrigada a usar no cotidiano. Aqui sou inteira, sou real, sou palpável, porque essencialmente alma. Parece contradição? Pois deve ser mesmo. E daí? As contradições são minhas companheiras há tempos. Quando não aparecem, sinto falta, como se grandes amigas não dessem notícias há tempos. Como se faltasse algo e eu não soubesse definir exatamente o quê. Escrever é mais que prazer. Sou eu. Aqui. Inteira. Pra ler.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Desejo

Eu quero compôr um símbolo que seja o hino do palhaço cantante, que traja vestido de fitas azuis। Eu quero cantar afinado: a voz soprada ao ouvido atento do umbigo do meu mais que perfeito bem। Eu quero a guitarra, a cítara, o atabaque, o berimbau, a palma da mão, do pé, da língua que lambe a ferida feita a fogo e alegria na beleza da louca canção de Natal। Eu quero setenta mil vozes comigo inda é pouco, assim o digo, que esse povo já nem sabe, pressinto, que explode o verão e a versão mágica do abraço apertado, da pele suada, do quieto gemido। Não minto. Sei da fala que exala o bendito. Bem dita figura que embala seus ritos. No mito reside a mistura de sonho com vela de medo e perigo. É esse o desejo que eu sinto. Compor meus versos sem rima, consolo ou condição. Eu quero a folha virgem, o presente limpo. Eu quero um caminho pavimentado por inteiro de rosas, chás e algodão... 04.12.2007 - 03h58min

Maluquice

Como é que se cura maluquice? Maluquice não tem cura, meu amor. Ela está entranhada no sangue das tuas veias, está na tua alma, no teu corpo, coração. Te persegue, te assombra, te escoa, te abençoa, te abraça, te esconde à razão. Maluquice é estilo de vida boa, filosofia de primeira, faceirice de patroa. É pegar um verso curto e transformar em prosa, em conto, em garoa. É cantar na cama, bem no meio da noite escura mas canta baixinho... sussurra... pra não despertar os fantasmas, tadinhos, precisam dormir... Maluquice é gostar de ir dizendo tudo sem falar mais nada, antes mesmo de falar. É calar aos gritos, de socorro, de gozo, do que for. É esgueirar-se sutilmente da dor. É entrincheirar-se entre dois braços, mesmo que sejam os próprios, como se fosses uma flor. Ora! Sejamos loucos, poetas, profetas em terras secas, distantes, desertas. Sejamos malucos por natureza, mesmo que não bonitos, mas esbeltos de nascença. No nascedouro dos sonhos, tenhamos lenços pra enxugar as lágrimas de chorar quando a saudade da lucidez, enfim, chegar... Aos 18 minutos do dia 10 de outubro de 2007, enquanto a saudade da lucidez não chega... que não chegue de vez...