Depois do acidente, o orelhão, 
a meio caminho de espatifar-se no chão, 
sugere um pensamento: 
Que comunicação é essa, que estilhaça 
os vidros e não desvia das linhas 
cruzadas entre a razão e a não-razão? 
Que vida é essa, que pouco vale 
e vale pouco menos que um cartão 
que se gasta na primeira ligação? 
Que sonho tão curto, 
que se quebra numa esquina, 
aos pés de Bell? 
Pra que lado fica o céu?
05.04.2008 - 19h13min
(Será que é no lado de dentro?)