sábado, 8 de março de 2008

Quem eu penso ser...


Sou uma incógnita
e um livro aberto.
Sou letra que não pode ser
escrita
sou letra que não pode ser
lida
sou letra que não pode ser.
Sou ilusão.
Imagem na tela colorida
de um mundo em extinção.
Sou vulto, sombra, telepatia.
Sou viveiro de pássaros
na cabeça do poeta mexicano.
Sou assombração.
Sou constância e demência.
Ouço vozes, vejo coisas,
desato nós e ato imprevistos
passos travessos na estrada
que está por ser aberta.
Sou linha de trem descarrilado.
Sou o trem.
Sou a linha.
Sou o vagão perdido
fechado em ostra.
Sou o nada
que desabrocha em cada verso
onde haja encanto
encontro da magia com a música.

Poesia.


Paixão.



08.03.2008 - 20h43min