quarta-feira, 20 de julho de 2011

À força

À força
as ondas espumam as águas
o sol alaranja o Guaíba
os olhos encerram a madrugada.
À força
os orvalhos umedecem flores
os bailes acendem os olhos
as lembranças nascem amigas.
À força
as distâncias rasgam entradas
os poemas pingam fatos
as estradas pintam existências.

À força
o sono se alimenta
de suave companhia.





20.07.2011 - 01h30min

Memória

Desmemorizo-me
pra peneirar os nervos
lembro aleatórias cenas
idas e vindas neurônicas
elegâncias passadas
invisibilidades minhas.
Movimentos da vida
que rola morro acima
                               te
                        men
                    te
               ten
           mi
       ter
   in
sem pedir licença
sem caber nas mãos
sem desculpas
ou razões outras
que não aquelas
que a memória aprovou.







20.07.2011 - 01h20min