sexta-feira, 9 de maio de 2008

Do dia em que Ana Terra saltou das páginas de um livro




Visita ilustre, Ana Terra brotou das páginas escritas por Érico.
O Tempo soprou na memória e Ana Terra esqueceu a saga,
Esqueceu a hora, esqueceu o horário do trem. Esqueceu!
Esse mesmo Tempo deixou de presente um restinho de memória
Nos barquinhos de papel, soltos em dia de chuva, ao vento...
O Vento soprou nos cabelos, clareou as madeixas e a pele,
Deixou na boca um beijo com sabor de chocolate.
Ana Terra, traduzida em ilustrações de histórias infantis,
Nos livros que passeiam entre os dedinhos inocentes
De crianças que ela não conhece, mas que conhecem os traços dela.
Ana Terra.
Quem disse que um dia saltarias dos lombos dos cavalos
Desse épico gaúcho extraordinário, e estarias assim tão próxima,
Tão viva, tão bem desenhada, entre os alunos de nossa escola?
Contadora de histórias, esperamos ansiosos entre aquarelas,
Colagens, sucatas, canetas e patos que perderam o P.
Perderam ou esqueceram? Tsc, tsc... ai, essa falta de memória
Ainda vai transformar a Terra em Lua. Se assim for, muito bem.
Mas se não tiver chocolate, nem vem que não tem.
Sai pra lá!






*Em homenagem à grande ilustradora e autora de livros infantís, Ana Terra.



09.05.2008 - 17h58min