quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Saudade (III)

Mãos vazias... 31.01.2008 - 01h56min

Quero ficar pra semente






"A semente mais antiga que tornou-se viável tinha 2000 anos. Foi descoberta em uma escavação no palácio de Herodes, o Grande, em Israel e veio a germinar em 2005 uma linda tamareira. Até hoje fazem doce das tâmaras". *Orlando


Poesia é semente triste, plantada na horta da gente.

É vício, ilusão, delírio, fruto não nascido ainda

do ventre sempre fértil da terra-mãe-imaginação.

Poesia é semente agri-doce, com um toque diferente,

gravado na ponta da língua, que nada mais sabe dizer

além de versos inventados na hora, cuspidos com prazer.

Poesia é semente leve, solta no vento quente de verão.

É solidão, é cansaço, insolação, permanência e saúde.

Poesia é virtude. Semente bendita cravada no peito da gente.

E brota, a danada...

Semente que brota no riso, igualmente

semente que brota na dor, igualmente

semente que brota na saudade, igualmente

semente sem idade, sem cor, sem tempo ou mudança.

Poesia é semente que dança entre os dedos

dessa poetisa que deseja, igualmente, um dia, se Deus quiser,

ficar
pra
semente...






31.01.2008 - 01h40min

Saudade (II)

A saudade era tamanha, e a unidade tanta, que ela chorou, com os olhos dele... Aos 21 minutos do dia 31.01.2008