terça-feira, 25 de agosto de 2009

Luz

Réstias de luz é o que quero pra mim pequenos brilhantes nos olhos. Quem acenderá a chama? 25.08.2009 -22h25min

Histórica miscelânea

Diga ao povo que finco pé
para o meu bem
e que se dane o resto!

Desperdício E morte lenta cancerígena dependência corrupção tresloucada assalto aos cofres públicos que moram nos bolsos dos desesperados os mesmos que trabalham de sol a sol pra não ter o que comer no fim da tarde. Miscelânea de históricas frases fases de outrora misturadas ao aqui e agora. O riacho poderia ser qualquer um o grito poderia ser até uma gargalhada; se fosse, seríamos mais felizes quiçá mais afortunados, já que mentimos uma felicidade carnavalesca sobre os cascos da nossa própria miséria? EM DEPENDÊNCIA HÁ MORTE! IN DEPENDE A PENDÊNCIA DA MORTE! DEPENDE DA NOSSA SORTE! DEPENDE DA SORTE DE TERCEIROS! DEPENDE DE QUALQUER COISA MENOS DA MORTE! IN É A MORTE? OU SERÁ A DEPENDÊNCIA? DEPENDE DE QUE? DA MORTE? OU SERÁ QUE PENDEMOS À MORTE OU MORREMOS DEPENDURADOS NOS YINS E YANGS DE UMA HISTÓRIA DESCONHECIDA ESCRITA DESDE A NASCENÇA DO NADA? Quem se habilita ao grito? E à morte? Quem? Melhor: QUEM SE HABILITA À INDEPENDÊNCIA? (já que da morte não há como fugir...) 25.08.2009 - 22h

Antes que o Sete de Setembro

me pegue de surpresa...

Caras d'Arte

Máscaras são poemas ou muros onde a gente se esconde? Talvez nem isso... Talvez só uma outra forma de rosto... talvez o verdadeiro... talvez o sonhado... talvez o impensado... não sei. A pintura é um grito em verso, rasgado na tinta ou na tela. Da mente? 25.08.2009 - 21h30min Varatojo, tens cá uma fã de carteirinha. Belíssimo o teu trabalho. Sempre. Sempre. Bj. MÁSCARAS DE PAPEL; de José Antonio Varatojo: http://www.youtube.com/watch?v=FDdIrve5SVI

Aí, Brunno... vi no teu blog... COPIEI...rs...

25.08.2009 - 16h50min Obrigada, Brunno. Pela consideração, pelo respeito e pela simpatia (considere todos os ítens recíprocos). Saudações poéticas. Blog do Brunno Soares: http://cronicasdeafeto.blogspot.com/

Escritura

Escrevo o que sinto não exatamente o que vivo nem como penso ver o instinto. Escrevo meu suspiro meu fôlego largo meu pedido calado. Escrevo minha discrição tardia do que descrevi de dentro da câmara fria no instante exato em que sofri. É assim minha caneta minha tinta minha retina. É assim que me bate o pulso que me domina a energia dessa coisa que não comando nem entendo: a poesia. 25.08.2009 - 16h30min

Dá licença?

A poesia pede passagem perde uma vírgula no caminho uma perna de um A na outra esquina e um verso manco no banco da praça sem nenhum desmerecimento desse ou daquele sem nenhum constrangimento desse ou daquel'outro sem nenhum absurdo entretenimento de todos confunde B com C e defende a supremacia do grande T. A poesia inventa palavras absurdas e costura vocábulos de rua formando vestidos de sol pra lua nua dançar um tango em plena Praça da Alfândega em Paris. A poesia mistura tudo e já não diz coisa com coisa ou coisa com meretriz escrita em decassílabos perfeitos nos lençóis d'algum motel barato de beira de estrada deserta onde bêbados cantam enrolado e cães ladram sem trégua. A poesia penetra nas casas alheias e nas alheias mentes urbanas nas despertas mentes rurais e nas mentirosas mentes dos pedestais de prata inalcançáveis em suas brilhitudes. A poesia planta raízes de novos dizeres nunca dantes suspeitos de crimes contra a língua de sapo enrolada dentro da boca da mosca. E espanta os acomodados que tem olhos mas esqueceram de acender as luzes de dentro. Dá licença? 25.08.2009 - 16h20min

TRALHA!

Sugiro uma postura rígida de cabo de vassoura e balde de alumínio nos momentos de decisão 'per capita'. Por acaso aposto na cabeça do macaco que delibera leis de correntes e dita maledicências intraduzíveis aos ouvidos mais exigentes. Proponho um ponto de partida que seja chegada de outro, que é pra não bater de frente com a mesmice deliberada, muito em voga em tempos passados. Hoje não. Hoje tenta-se a todo custo ser único. O único bandido escapado. O único espertinho escondido. O único monstro disfarçado. Todos únicos. Ninguém igual. Ninguém de claro olhar. Nenhum gesto que não deseje algo mais, além do ato de gratuitamente dar. Entulho. Confissão macabra da falha. Percepção de mudança pra menos. Que o 'mais' é sonho de poeta. EU SOU POETA! Tralha jogada ao borralho. Lenha de fogueira já virada em cinza. Pó que ao pó voltou antes de fazer-se gente antes de fazer-se voz antes de fazer enluarada noite quente-se. Tralha perdida nas pedras do caminho que é de qualquer um menos de Drummond. No dele não havia sangue pra ser pisado. O sangue, no dele, dançava nas veias dos bendizentes e abençoados observadores de pedras e pássaros e carvalhos. Tralha de qualquer pedra, eu, poeta, que insisto em acreditar no que ainda não vi... Ainda... 25.08.2009 - 16h

Tantos olhos

Tantas formas, tantos ditos, tantas suposições tantas barganhas, tantos retornos, tantas imposições tantos sufocos, tantos delírios, tantas ilusões tantos tormentos, tantos martírios, tantas imperfeições tantas carcaças, tantas cachaças, tantas colisões tantos boêmios, tantos lamentos, tantas alusões tantos tântricos gestos digeridos nas imensidões tantas artimanhas góticas distribuídas nas estações tantos e tamanhos gostos diluídos nas incompreensões tantos INs, tantos ONs, tantos OFFs e siglas nas confissões tantos TILs, tantas sílabas, tantas juras pagas às prestações... Tudo muito lento tudo muito astutamente lerdo tudo limitado. Folha de outono rasgando os olhos da primavera... 25.08.2009 - 10h15min