quinta-feira, 23 de julho de 2009
Ferimento
As mãos feridas
produto do trabalho duro
ou do desejo de esquecer?
As mãos feridas
a fibra em carne viva.
A febre em viva ardência
na testa
nos olhos
nos músculos.
As mãos feridas...
Curativo
Correção
Concentração
Corpo de dentro
na tora de árvore cortada rente.
Na madeira, o sangue escorrido.
Morro eu, hoje.
E a oportunidade...
Perdida...
23.07.2009 - 20h25min
Entitular
Não foram as mãos na pele do outro
o sopro de intenção a embrulhar
o espelho o orgulho a sensação
de conformidade e de limitações.
São exceções diárias de rotas estendidas
que não foram escolhidas escritas
sequer pensadas muito menos corrigidas.
São sufocos escondidos nas grutas
de absurdos pareceres inválidos
antecedidos por arcaicas observações precárias
de terceiros surtos vários.
São partes quebradas de sonhos iguais
e quedas inesperadas das cortinas das janelas
que não flutuam nem dispersam as sombras
das laterais e dos parques assustados
nas fantasias diárias vestidas de insandecidas manhãs.
A luz rasga a veneziana aberta
e prende os olhos da curva nas laterais da vida
que pe(r)de um instante de atenção
na rota jamais escolhida e nunca trilhada
pelos paralisados pés descobertos de medidas vazias
nas curtas temporadas de caça aos fantasmas
que fogem por entre as frestas dos limites
entre o absurdo e o repentino clarão.
Sufoco na força escusa e nos argumentos engolidos
inválidas gotas perdidas de saliva seca.
Partículas de tardes esvaídas nos silêncios
de terceiros, quartos, quintos serões.
Varandas varridas de vento minuano.
Cantarolante ar arredondado
habitado por melodias antigas
e velhos casarões de fibra.
A finda história que não vi...
21.07.2009 - 13h38min
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