segunda-feira, 14 de abril de 2008

Até que a ausência nos separe

A porta da frente aberta lá fora chuva torrencial um céu de anil na primavera sensação de frio abaixo de zero e um espirro ao longe como se uma formiga, de repente, tivesse desfalecido sob o peso insuportável da folha verde. A claridade cega os olhos distantes o movimento lento da criação desvia a vista para o além onde ninguém alcança onde ninguém é um bem. A educação exige resposta polida a prataria sobre a mesa enquanto as teias de aranha crescem e tomam conta das entranhas da casa vazia de sangue quente. A escolha dos trincos das portas foi tua as trancas jamais usadas são minhas as capas de chuva dormem secas no armário e as botas bem lustradas descansam os fantasmas usam as sementes dos verbos semeados antes da repentina partida. As vozes serpenteiam e contam as vezes em que as cantigas foram mais que notas musicais foram musas de orvalhos sagrados esquecidas nos cantos das lentes dos óculos há muito quebrados... Às 22h50min do dia 14.04.2008

Violência

Quando o amor surge a paixão vem e degola o coração faz arte por toda parte e pendura os quadros pintados de sangue nas paredes do cemitério dos peitos doentes de amor. Só o amor pode matar a violência... Alina e Simone Aver Aos 18 minutos do dia 14 de abril de 2008