quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Brinde

Talvez estejamos nós dormindo... Sonha, que o tempo é deveras ligeiro Sonha, que o medo é deveras sem freio Sonha, que o sentimento é das claudias ou das heloisas, ou das simones, talvez das marisas, ou das lenitas, outras quermesses, outras diretrizes, outras mordidas doendo nas carnes, outras vertentes cobrando pedágio, outras estradas outras verdades outros poemas brotando dos vales das entranhas da terra das entranhas de mulheres poetas... Mas e os homens profetas? Moço, um brinde à poesia feminina, tão perfumada tão lasciva, tão bendita, tão desarmada, quanto um copo de vinho tinto... Brindemos, amiga Lenita, enquanto os profetas não chegam enquanto os homens não estendem, eles também, os copos transbordantes de delírios... Brindemos, amiga Lenita... Brindemos à poesia blindada que brilha, inda que presa... Brindemos... Brindemos às odes, aos sonetos, às desordens dos versos... Brindemos à magia da vida... 14.01.2009 - meia noite... (Para Lenita, amiga poeta)