Infrutíferas investidas da sorte
atravessam alamedas revestidas de sombras
de verdes sabores e sutís revelações.
Não quero os porquês nem os conhecidos senões.
Acima das nuvens os semblantes das tempestades
não se percebem, não determinam
a necessidade de guarda-chuva
ou de capa plástica de proteção.
Tudo é azul sobre as nuvens;
a nova escuridão do Cosmos trespassada
pela cor da imensidão do mar sem fim.
Velejadores de alturas de ventos inconstantes
relatam particulares verdades
de antes da chegada das nascentes.
Perdem-se as anotações da madrugada
entre outros papéis de duvidosa importância,
posto serem minhas as mínimas chances
de remota vitória tardia.
As distâncias conheço bem
e os termos delas
e seus efeitos,
sua devastação
silenciada pelo próprio silêncio
que arrasta a Torre de Babel
cuja base é a imaginação de meninos
e de lobos e de anciãos e de mulheres
que mudam de lugar a sorte,
a caprichosa sorte
que já não sabe meu nome
que já nem lembra quem sou...
Às 05h da manhã do dia 15.05.2008
(Obrigada, Ti. Têm sido importantes teus risos,
tuas histórias, tua companhia e, principalmente,
tua preciosa LUZ. Se a sorte esqueceu meu nome,
me provas todos os dias que a amizade não fez o
mesmo. Obrigada por seres quem és e por estares
aqui, na minha vida, desde antes... Te adoro.)