segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Fugidio
Avermelha o horizonte
a queda d'água
desperdiça a atitude
e as correntes não prendem
nem ponteiam os acordes
que os canários não cantam.
Desmentir o tempo
é jogar-se em função inválida.
Com ou sem teu consentimento
outro dia se fará.
Melhor outras alternativas criar.
18.01.2010 - 17h39min
Propriedade
O sangue que na veia te corre
sem juras ou descuidos temporários
é teu.
O tanto ou o quanto assumido
com testemunhas ou sem
é vitória ou lamento assistido
depende de quem pretendeu.
Separa os dedos da noite
no frio da ansiedade de então
estranha o sorriso da lua
impõe lágrimas à solidão.
Nada há que se pareça
ao cuidado e tempo gastos
nas palhas das agulhas perdidas
nos terrenos abertos aos passos.
O soro que da veia te escorre
sem ajustes ou desejos
é teu...
Aos 18 minutos do dia 18.01.2010
Término
Bastam minhas fitas
e as fissuras nos joelhos pagãos.
Se enterneço a suposta alegria
cumprimento o contato não tido
o espelho quebrado na escada.
As prendas estão penduradas
nos ganchos de nuvens
dos colares azuis.
Tempestades de fios expostos
e certidões encontradas
n'algum depósito de cinzas
que o vidro esfumaçou.
17.01.2010 - 23h50min
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