quinta-feira, 12 de maio de 2011

Nulo

Dor de cabeça
a nula visão
de aneis estreitos
e alusões
iludidas pontas
de estacas
extras
de estorvos
plásticos.
Dor de ser
leve
pluma
desvio de coluna
conduta
que vaga em círculos
e
in
cen
deia
o balanço de agora.



12.05.2011 - 01h50min

Macramê

Sopra um vento inquieto
nas folhas de um outono vivo
subjetivamente interno
de encontro estético
insone
quase satânico
ou santo.
Um sopro de tecido rasgado
de inquieta liberdade
de constante descoberta.
Sopro de íntima realidade
assunto de ventania
no sangue que corre
pura pressa
de saber.
Um sopro trançado de linha
língua de revoltos versos
sem ação ou exercício outro
que não a influência da resposta não-tida
o dito visual absurdo
abundantemente reconhecido
na linha da palma da mão
do artista.
Um sopro flui no começo de tudo
o toldo cobre a falta da luz
que absorve o campo sem relva
rasgados restos de pesos
pastos coloridos na selva.
Macia vantagem
no fundo da garganta
onde o sopro
alimenta a palavra
que não cospe
atormenta.





 12.05.2011 - 01h40min