O ar entra fundo no peito
rasga os caminhos
como rasga as entranhas
a pele estranha
que invade a espera
a mão beijada
desarma a resistência
delicado gesto
que define um Sim.
A estrofe seguinte é o Fim
sem pé nem cabeça
por conta dessa insaciabilidade
que ultrapassa o desejo
e transcende a fala
e o falo.
Fato real.
22.09.2010 - 01h21min
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Suficiente
Minha poesia mora n'algum lugar misterioso
sem sal e sem açúcar e sem pudor
desprovida de vestes e peles
desligada de letras e formas e símbolos
esquecida das convenções e regras e limites.
Minha poesia perdeu-se no último vestígio de ritmo
na casa seis da linha dupla na esquina clara
de um minuto que não volta mais.
Minha poesia migrou de mim
emigrou, imigrou, emagreceu,
exclamou um derradeiro suspiro
e voou...
pr'algum lugar misterioso
longe
longe
longe
impossível de alcançar
inenarrável
indefinível
.
Té que os princípios se bastem...
Aos 15 minutos do dia 08.09.2010
sem sal e sem açúcar e sem pudor
desprovida de vestes e peles
desligada de letras e formas e símbolos
esquecida das convenções e regras e limites.
Minha poesia perdeu-se no último vestígio de ritmo
na casa seis da linha dupla na esquina clara
de um minuto que não volta mais.
Minha poesia migrou de mim
emigrou, imigrou, emagreceu,
exclamou um derradeiro suspiro
e voou...
pr'algum lugar misterioso
longe
longe
longe
impossível de alcançar
inenarrável
indefinível
.
Té que os princípios se bastem...
Aos 15 minutos do dia 08.09.2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Amarelo
Poças d'água molham sonhos
de liberdade e de padrões outros
opiniões e conceitos desprovidos de
voejantes folhas de outono escuso.
Respostas difusas
acompanham enigmas absurdos
e levantam outras questões.
Amanhã
as cores terão cheiro de sol...
06.09.2010 - 15h
de liberdade e de padrões outros
opiniões e conceitos desprovidos de
voejantes folhas de outono escuso.
Respostas difusas
acompanham enigmas absurdos
e levantam outras questões.
Amanhã
as cores terão cheiro de sol...
06.09.2010 - 15h
Criação
Sem confetes ou críticas
pinga a poesia
do conta gotas d'alma...
Sem motivos ou estorvos
um verso solto
lentamente escorre
na página descalça...
Vai chover uma lágrima
no céu de setembro...
06.09.2010 - 1h22min
pinga a poesia
do conta gotas d'alma...
Sem motivos ou estorvos
um verso solto
lentamente escorre
na página descalça...
Vai chover uma lágrima
no céu de setembro...
06.09.2010 - 1h22min
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