A escuridão tem muitos mistérios
el misterio de los ojos que le miran
como principio
y final de un túnel
como el horizonte en que se recorre la mirada por dentro
um mistério de eternidade
um misterio de agua intranquila pero paz
de lenta, clara innombrarble serenidad
um misterio de tinta transparente
insondável, porém ao alcance das mãos,
dos olhos, da mente, do coração
uma negra dança selvagem
que convida à permanência
queriendo o sinquererlo las manos se adentran
el tacto enloquece en su búsqueda de saeta
una negra salvaje rotunda vorágine de movimientos
en la oscuridad a tientas las extensiones de la piel nos buscan
los nervios nocturnos crecen flores
en su íntimo palpitar una negra danza salvaje
dessa dança nascem libélulas azuis
vermelhas, verdes, lilases
que se prendem ao manto da negra
e dançam com ela, a dança selvagem
depois se soltam, satisfeitas
nas alturas, as vemos como estrelas
aureas voces contornos quebradizos
los encendidios ojos las entregadas alas
un parpadéo de libélulas desbocadas
una espuma prendida de la luna
e uma canção distante
o sussurrar de uma pomba errante
um olhar de coruja insone
o farfalhar de um vestido
de um anjo qualquer que se perdeu
dos sonhos de um menino
um olhar centrífugo inconstante
una grieta durante el sueño
un sueño coartando la grieta
el menino siempre ha sido luciérnaga
la oscuridad su casa
la infinitud un asomo de sus sueños
e o anjo bendito a rondar-lhe os espaços
eu sempre gostei mais das noites
eu sempre gostei mais das luciérnagas...
Aos 48 minutos do dia 12.01.2008,
Simone Aver e Roberto Amezquita. Parceria bendita...