segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Onde...
E agora essa inquietude n'alma
esse ritmo descompassado no peito
de uma saudade que não quis
que não ouvi, sequer previ,
e não pude, então, me prevenir.
E agora esse tal desassossego
embutido no abraço
de mais de três minutos
em que espelho e reflexo
se fundem num só calor
nos pensamentos de depois
no jogo de esconder do sentimento
que não intimida, mas mete medo.
Ele quer saber
quanto vale a vida sem o reflexo.
Eu quero perguntar
quanto vale o reflexo sem a vida.
Onde a resposta?
No íntimo de nós?
Dos nós separados
ou dos sós amarrados
que nos fizeram nós?
Onde a resposta?
Entre as linhas do poema?
Qual deles?
O que escreveste pra mim?
Os que escrevo pra ti?
Em que verso abençoado
a pergunta da resposta formulada?
Em que vírgula a pergunta?
Em que forma,
em que rima,
em que estrofe,
a risada esperada?
Onde a resposta?
17.12.2007 - 03h32min
(Não sossego enquanto não encontrar A resposta...)
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