O dia deu em loucura
plantou poesia na minha porta
trancou a corrente das horas
e trouxe no vento uma certa doçura.
A rua refez o caminho
revivendo o momento já ido
transpôs o espaço e a notícia
choveu no molhado que sofria.
E eu, paralisada e nua, observo
a ascensão do projeto que não vi
e suporto, paciente, a distância
dos sentidos e das emergências
que afloram, provocados pelos suspiros
dos crepúsculos que se sucedem...
O dia morreu em doce loucura...
...muerto de ti
tal vez
contigo
iluminado...
*Roberto Amezquita
27.01.2008 - 14h28min
2 comentários:
Queria eu poder trancar a corrente das horas...
Belas palavras!
Sem consciência de uma perda, não podemos avaliar um ganho. As sucessões se sucedem sempre ao sucedido...o que importa é o "momento" anterior à sucessão.
Sucesso, sempre!
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