domingo, 13 de janeiro de 2008

Riscos e rabiscos


Risco teu nome na pedra

rabisco no vidro quebrado

teu signo, teu estado

chamusco tuas vestes

com línguas de fogo

calor das preces

que impede o malogro.

Risco teu nome na cela

que prende o intento

de ver-te.

Sombrero na estrada.

Obreiro e palavra.

Canção a bendizer-te.

Risco teu nome na tela

rabisco a luz que te guarda

rascunho o poema estrelado

retrato a conversa na mesa.

Risco teu nome na vela

rabisco a madrugada

interrompo o sono que não veio

e sonho com o que de ti já tenho.



13.01.2008 - 16h57min

(Para Roberto Amezquita - nesse ritmo, o "esperado" não tarda...)

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