A risada gostosa de bebê
inda mora na garganta
daquela que se fez mulher.
Os primeiros passos relutantes
hoje são firmes e sabem ir;
seguem os caminhos escolhidos
as trilhas, os atalhos, as estradas
que a vida se encarregou de abrir
e os sonhos trataram de pavimentar.
A primeira escola, o primeiro tombo,
a primeira preciosa palavra,
a canção de ninar
e o primeiro salto alto.
Eu vi.
E sei que
a risada do bebê
inda mora na garganta
daquela que sabe o que quer.
Aos 17 minutos do dia 26.02.2008
(Para Carol, minha afilhada e sobrinha amada, no dia do seu aniversário)
Um comentário:
que sorte ser afilhada duma escritora, há presente mais precioso que ser homenageada com um poema, e quiçá imortalizada? guria simone, estou vendo que afloram poesias de teus dedos...mas agora percebo mais um detalhe neste conjunto esquisito que és tu...és uma dama surrealista com certeza...porem, tá com um pésinho lá no concretismo, sempre desfragmentando as palavras e dando forma a elas...
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