quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Notas
Calculei as horas incertas
na certeza que não tive
nem nunca desejei ter.
Busquei a surpresa no detalhe
que mora amanhã
no que será hoje.
Vim a ser infame
quis teu couro
instrumento de percussão
e saber
do balanço que me dança
no peito, desde o dia
ou a noite
ou o instante primeiro
gravado no infinito
-não importa quando-
em que chegaste à porta
da minha vida
que esperava por ti.
Data sagrada
bendita linguagem
interesse que grita
entre as distâncias
e os desassossegos
todos...
Muitas horas brancas
imagens jamais repetidas
esforços recompensados
arrepio na espinha.
Mais que isso...
Transcendente sensação de
infinito...
27.02.2008 - 23h35min
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2 comentários:
Nossa guria...eu não entendi essa sua poesia, dá uma sensação de que to perdendo algo, sei lá...ficou meio profético, e ao mesmo tempo retrô...se é que é possivel, mas vc gosta de brincar com a linealidade do tempo em suas poesias...
abraços e eu hei de compreende-la, ou não...rs
Quando a poesia brota da intuição da poetisa, não há o que entender, apenas apreciar, absorver em pequenos goles como se fosse vinho de safra excepcional.
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