quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Sonâmbulo
O sono chega
na carona do sonho
desce na fala atrapalhada
conta de duendes e fadas
estica a coberta da noite
sobre a bandeira exausta.
O sono anda pelo quarto
e fala co'as paredes
conta causos e ri,
sonora melodia noturna.
Enverga a madeira escura
que a lua lixou com capricho
alhos e bugalhos são espelhos
da insônia rendida
nos braços do agitado dia.
Os passos dóem nas pernas
os compromissos acumulham cansaços
e os pesos se prendem aos ombros
a cama é sereia cantante
embriagante descanso que chama:
Vem...
24.02.208 - 23h17min
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Guria...este sim és belo poema, é um cantar de pássaro...acho que saquei teu estilo...embora vc talvez não tenha sacado...bem...pelos estudos, e este teu novo poema é lindo mesmo, porque nada mais magico que dormir, que o sono, que estas horas onde oscilamos entre o apagar e estar atento...teu estilo é surrealista, sério mesmo...deixar-se levar pelas palavras e imaginação, sem uma intenção aparente, mais que depois vai pouco a pouco se descobrindo, durante a caminhada, até que a obra é finalizada e vc passa seu recado...algo meio alice no país das maravilhas, puxa, neste poema dá até uma sensação boa de leveza, então, comemoremos, feliz desaniversario para vc...e parabens pelo belo e doce poema, que as fadas e duendes abençoe esta caminhada pelas linhas incertas.
Postar um comentário