quinta-feira, 20 de março de 2008

Cosmopolita

Não é sempre que se abre uma clareira no meio de densas árvores de concreto e cimento armado. Não é sempre que se trançam os cabelos nos passos da embriaguez da alma não provocada por álcool ou destilados mas pela beleza da candura da menina ou pela delicadeza do vôo da borboleta branca. Não é sempre que se faz dia claro que o orvalho congela na ponta da folhagem protegida pela marquisa que um raio de sol acaricia teus olhos que um pingo de chuva se junta a uma lágrima tua. Não é sempre que o burburinho da cidade é apenas e tão somente som difuso mas é sinal de vida e pulsação para o bem e para o mal para o sonho e para o real para a coragem e a escravidão. Não é sempre que um eclipse se deixa ver por olhos humanos corrompidos pela tristeza do mundo moderno. Não é sempre que uma estrela nova explode na escuridão do universo em meio ao silêncio solitário do cosmos ou ao barulho ensurdecedor desse mesmo c o s m o s... Cosmopolitas somos nós todos filhos de uma cultura dinâmica e imprevisível, que dá e tira com a mesma rapidez e sem nenhuma cautela que oferece e remete ao óbvio e também à novidade tão grande que fica difícil definir...
"Você é filho do universo
irmão das estrelas e árvores
você merece estar aqui..."*
20.03.2008 - 23h32min *Trecho da Desiderata http://ilove.terra.com.br/lili/palavrasesentimentos/desiderata.asp

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