quinta-feira, 13 de março de 2008

Liberdade

Abro as asas
alço vôo
liberdade
eis-me aqui!!!!!!!!!!!!!!!
Ando livre pelos caminhos abertos por mim
sem pegadas alheias, diviso as direções que me pertencem
ou que traçam meus avanços pela estrada afora
que não se interrompe nem cessa de estender-se à frente.
Labaredas de fogo iluminam meus passos paroxítonos
escrevo versos como quem toma um copo d'água doce
e se acalma da barbaridade da rua de fora
do meu mundinho de poemas escolhidos a dedo-de-dama.
Domo a passagem do tempo e adormeço entre as plumas
das vertigens dos concursos dos folhetos das fuligens dos folguedos
que sopram num vento de insônia na minha espinha vertebral.
Ilusão é o delírio de uma realidade que trafega náufraga
no dilúvio de acertos e desacertos que castigam os dias
que vêm chegando nos atropelos das horas medidas e contadinhas
enfileiradas diante dos relógios de pulso de bolso de parede
medíocres marcações do fatídico efeito da passagem de um tempo
que não se sabe direito o que é a que veio quando quanto onde é se é que é
ou o que quer que se considere que seja... ou não...
O outono solta as folhas das árvores e espreguiça as palmeiras azuis
ah... palmeiras sempre serão azuis...
E 'sempre' é um espaço que cabe nos meus dias
D I A R I A M E N T E
minha estrada se esparrama por esse espaço
é nele que danço
é nele que sei ser
essa
que sou...
13.03.2008 - 23h39min

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