Há mundos e fundos
e fuscas velhos
abandonados em terrenos baldios.
Há mundos e mundos
abandonados em bairros baldios.
Há mundos e mundos
nos mundos dos fundos dos poços
em que abastados moços
riem alto e reclamam da boa sorte tida.
Há mundos e fundos
mergulhados na imundície humana
na lamentável falta de assistência
em todos os sentidos.
Há fundos mundos à parte
vivendo malditos e esquecidos.
E há medos nos mundos...
Em todos os mundos há medos fundos
de que outros mundos tomem
os mundos que pertencem a estes,
àqueles, ou a terceiros.
E há mundos perdidos dentro dos quartos,
entre as quatro paredes dos barracos
de uma única peça que não se sustenta há anos
mas que sobrevive...
e fuscas velhos
abandonados em terrenos baldios.
Há mundos e mundos
abandonados em bairros baldios.
Há mundos e mundos
nos mundos dos fundos dos poços
em que abastados moços
riem alto e reclamam da boa sorte tida.
Há mundos e fundos
mergulhados na imundície humana
na lamentável falta de assistência
em todos os sentidos.
Há fundos mundos à parte
vivendo malditos e esquecidos.
E há medos nos mundos...
Em todos os mundos há medos fundos
de que outros mundos tomem
os mundos que pertencem a estes,
àqueles, ou a terceiros.
E há mundos perdidos dentro dos quartos,
entre as quatro paredes dos barracos
de uma única peça que não se sustenta há anos
mas que sobrevive...
Os mundos convivem à força, e, no fundo,
forçam as entradas das entranhas das gentes.
Sim.
Os mundos são feitos de gentes....
Os mundos são feitos do fundo de nós...
05.03.2008 - 21h01min
*Esse título é um verso do Poema de sete faces,
05.03.2008 - 21h01min
*Esse título é um verso do Poema de sete faces,
do eterno Carlos Drummond de Andrade
**Imagem colhida esta tarde, enquanto esperava o ônibus
que me levaria ao meu destino...
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